O Conceito de Tendência na Moda: significado, histórico, conotação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1982615x11222018011

Palavras-chave:

tendência de moda, etimologia, significância

Resumo

Com a intenção de contribuir para o aprofundamento teórico dos estudos de tendência, a presente pesquisa aqui apresentada visa compreender as origens e transformações históricas do termo tendência e, mais especificamente, tendência de moda. Para tal, como procedimento metodológico foi desenvolvida revisão consistente de bibliografia, investigando a etimologia do termo nos idiomas português, inglês e alemão. Além disso, buscou-se agregar diferentes referenciais bibliográficos consolidados nos estudos de tendências –tais quais Caldas, Lindkvist e Vejlgaard –em prol do entendimento e da aplicação das tendências no decorrer do processo histórico. A interpretação geral do conceito de tendência relaciona-se com força ou vetor que direciona a um futuro finito, porém incerto. Entre 1946 e 1975, as tendências adquiriram uma compreensão semelhante à atual, enfatizando sua relevância econômica, o que coincide não arbitrariamente com o nascimento do consumo de massa. A conotação contemporânea associa tendências a mudanças e transformações que envolvem diferentes aspectos socioculturais e econômicos. Já as tendências de moda são compreendidas como expressões das tendências socioculturais em características visuais e táteisde produtos de moda.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Queiroz Campos, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora em modalidade cotutela em Design pela Universidade Federal de Santa Catarina e pela Bergische Universität Wuppertal com bolsas da FAPESC e CAPES/DAAD. Tese com avaliação máxima (summa cum laude). Mestre em Gestão Estratégica do Design Gráfico pela Universidade Federal de Santa Catarina. Bacharel em Moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina e em Design pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua principalmente nos seguintes temas: moda, tendências de moda, pesquisa de tendências de moda, bureaux de style e branding.

Referências

ARTIGUES, Bárbara Pastor; ROBERTS, Edward. Diccionario etimológico indoeuropeo de la lengua española. Madrid: Alianza Editorial, 1997.

BAILEY, Lauren R.; SEOCK, Yoo-Kyoung. The relationships of fashion leadership, fashion magazine content and loyalty tendency. Journal of Fashion Markteing and Management, v.14, n.1, p. 39-57. 2010. Disponível em: http://www.emeraldinsight.com/doi/abs/10.1108/13612021011025429

BUARQUE DE HOLANDA, Aurélio. Novo dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Editora Nova Fonte, 1999.

CALDAS, Dario. Observatório de sinais: teoria e prática da pesquisa de tendências. ed. at. São Paulo: Editora SENAC SP, 2015.

COLLINS, Harper. Collins English dictionary complete & unabridged. Digital edition. Glasgow: Harper Collins Publishers, 2012.

ERNER, Guillaume. Sociología de las tendencias. 1ª ed. 2ª reimp. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2012.

ESPOSITO, Elena. Originalität durch Nachahmung. pp.198-209. In: LEHNERT, Gertrud; KÜHL, Alicia; WEISE, Katja. (Hg.). Modetheorie: Klassische Texte aus vier Jahrhunderten. Fashion Studies. Bielefeld: transcript Verlag, 2014.

FARIA, Ernesto (org.) Dicionário escolar latino-português. 3ª ed. Brasília: Ministério da Educação, 1962. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001612.pdf>. Acesso em: 15 mai. 2014.

FRIEDMAN, Ken. Theory construction in design research: criteria: approaches, and methods. Design studies, v.24, n.6, p. 507-522, nov. 2003. Disponível em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0142694X03000395

GIBSON, Willon. The Economist [entrevista]. 4 de dezembro de 2003. Disponível em: https://pt.wikiquote.org/wiki/William_Gibson

KÖBLER, Gerhard. Deutsches etymologisches wörterbuch. Derwbhin: Wassertrüdingen, 1995.

LINDKVIST, Magnus. O guia do caçador de tendências: como identificar as forças invisíveis que moldam os negócios, a sociedade e a vida. São Paulo: Editora Gente, 2010.

LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas . 10ª reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

MACHADO, José Pedro. Dicionário onomástico etimológico da língua portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte, 2003.

MOCHO, Jean Pierre. Editó. p.3. In: BACRIE, Lydia. (ed.) Qu’est-ce qu’une tendance de mode? Paris: Fédération Française du Prêt à Porter Féminin, 2012.

MONÇORES, Aline. Tendências: o novo constante. 2013. 177f. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Design Departamento de Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

MÜLLER, Florence. Tendances et innovations. pp.16-27. In: BACRIE, Lydia. (ed.) Qu’est-ce qu’une tendance de mode? Paris: Fédération Française du Prêt à Porter Féminin, 2012.

RAYMOND, M. Tendencias: que son, cómo identificarlas, en qué fijarnos, cómo leerlas. London: Promopress, 2010.

RECH, Sandra Regina. Estudos do Futuro & Moda: uma abordagem conceitual. ModaPalavra e-Periódico. v.6, n.11, p.93-100. jul-dez 2013. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/3477/6851

SANT’ANNA, Mara Rúbia. Teoria da moda: sociedade, imagem e consumo. 2ª ed. Barueri, SP: Estação das Letras, 2009.

SVENDSEN, Lars. Filosofia da moda. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

VEJLGAARD, H. Anatomy of a trend. New York: McGraw-Hill, 2008.

Publicado

2018-07-01

Como Citar

CAMPOS, Amanda Queiroz; WOLF, Brigitte. O Conceito de Tendência na Moda: significado, histórico, conotação. Modapalavra e-periódico, Florianópolis, v. 11, n. 22, p. 011–48, 2018. DOI: 10.5965/1982615x11222018011. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/11754. Acesso em: 2 dez. 2024.