Avaliação da flutuação populacional epifítica de Pseudomonas marginalis pv. marginalis e sua relação com a severidade da queima-bacteriana do alho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712032021255

Palavras-chave:

Allium sativum, bactéria, epidemiologia

Resumo

A cultura do alho é afetada pela queima-bacteriana causada por Pseudomomas marginalis pv. marginalis (Pmm). Com o objetivo de avaliar a relação da flutuação populacional epifítica de Pmm com a severidade da doença, bulbilhos do cultivar “Chonan” foram inoculados com a bactéria diferenciadora mutante a rifampicina (Pmmrf) e semeados a campo. A severidade foi avaliada semanalmente em 100 plantas ao acaso e a população epifítica de Pmmrf das folhas foi diluída em série e depositada em meio de cultura com rifampicina. Após a incubação a 28°C por 48 horas, as colônias de Pmmrf foram contadas. Os dados foram submetidos à correlação de Pearson e avaliada a sua significância pelo teste. A severidade da doença e a população epifítica iniciaram a partir da sétima semana. A severidade final atingiu 67 e 74% no ciclo de 2019 e 2020 respectivamente. A população epifítica quando atingiu a ordem de 105 e 106 em cada ano, manteve-se estável até o final do ciclo da cultura. A correlação foi de 0,688 e 0,521 para cada ano, indicando uma correlação moderada e significativa entre a severidade da doença e a população bacteriana. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leandro Luiz Marcuzzo, Instituto Federal Catarinense -IFC/Campus Rio do Sul

Professor de Fitopatologia e microbiologia

Referências

BEATTIE GA & LINDOW SE. 1995. The secret life of foliar bacterial pathogens on leaves. Annual Review of Phytopathology 33: 145-172.

BECKER WF. 1991. Queima bacteriana do alho. Agropecuária Catarinense 4: 14-19.

BECKER WF. 2004. Doenças do alho: sintomatologia e controle. Florianópolis: Epagri.

BERGAMIM FILHO A & AMORIM L. 2011. Epidemiologia de doenças de plantas. In: AMORIM L et al. (Ed.). Manual de fitopatologia: princípios e conceitos. São Paulo: Ceres. p.101-118.

EMBRAPA. 2013. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Sistema Brasileiro de classificação de solos. Brasília. DF: Embrapa.

HIRANO SS & UPPER CD. 1983. Ecology and epidemiology of foliar bacterial plant pathogens. Annual Review of Phytopathology 21: 243-269.

JARDINE DJ & STEPHENS CTA. 1987. Predictive system for timing Chemical applications to control Pseudomonas syringae pv. tomato, causal agent of bacterial speck. Phytopathology 77: 823-827.

KIMURA O. 1981. Importância das populações “residentes” de fitobactérias na epidemiologia de enfermidades bacteriana. Fitopatologia Brasileira 6: 310-311.

LOPES CA & QUEZADO-SOARES AM. 1997. Doenças bacterianas das hortaliças: Diagnose e controle. Brasília: Embrapa CNPH.

LUCINI MA. 2004. Alho: manual prático de produção. Curitibanos: Bayer crop science.

MARCUZZO LL & CATAFESTA A. 2021. Epidemiologia temporal da queima bacteriana do alho. Revista Agronomia Brasileira 5: 1-6.

MARCUZZO LL & FÜCHTER D. 2021a. Influence of temperature and daily leaf wetness duration on the severity of bacterial leaf blight of garlic. Summa Phytopathologica 47: 180-182.

MARCUZZO LL & FÜCHTER D. 2021b. Influência da temperatura e da duração do molhamento foliar na severidade da queima bacteriana do alho. Revista Agronomia Brasileira 5: 1-3.

MARCUZZO LL & JUBANSKI M. 2021. Sobrevivência de Pseudomonas marginalis pv. marginalis em resíduo de alho no solo. Revista Agronomia Brasileira 5: 1-4.

MARCUZZO LL & SANTOS L. 2021. Sobrevivência de Pseudomonas marginalis pv. marginalis do alho em plantas-daninhas. Revista Agronomia Brasileira 5: 1-5.

MARCUZZO LL & AMLER DA. 2020. Sobrevivência de Pseudomonas marginalis pv. marginalis em bulbilhos de alho. Revista de Ciências Agroveterinárias 19: 498-501.

MARCUZZO LL & VIEIRA C. 2020. Avaliação da sobrevivência de Pseudomonas marginalis pv.marginalis na palha durante o armazenamento de alho. Global Science and Technology 13:126-131.

MARCUZZO LL. 2018. Queima bacteriana em alho. Cultivar Hortaliças e Frutas 112: 5-7.

MARCUZZO LL. 2009. Importância das populações epifíticas na epidemiologia de enfermidades bacterianas. Revista de Ciências Agroveterinárias 8: 146-151.

MARCUZZO LL et al. 2021. Elaboração e validação de uma escala diagramática para a queima bacteriana do alho. Summa Phytopathologica 47: 183-186.

MARCUZZO LL et al. 2009. Alguns aspectos epidemiológicos da mancha bacteriana (Xanthomonas spp.) do tomateiro na região de Caçador/SC. Summa Phytopathologica 35: 132-135.

MARCUZZO LL & DENARDIM ND. 2008. Colonização de bactérias causadoras de doenças foliares. Revista de Ciências Agroveterinárias 7: 169-176.

MARCUZZO LL. 2002. Seleção e caracterização biológica de bactérias com potencial para o controle biológico da queima bacteriana do alho. Dissertação (Mestrado em fitossanidade). Pelotas: UFPel. 52p.

MARCUZZO LL. 1999. Fitopatologia - Avaliação da Sensibilidade in vitro da Pseudomonas fluorescens (queima bacteriana), biovar II à bactericidas. Monografia (Graduação em agronomia). Lages: UDESC. 57p.

MOURA AB & ROMEIRO RS. 1997. Garlic bulbils as biological baits for detection an diagnosis of Pseudomonas marginalis. Summa phytopathologica 23: 252-254.

NICK C & BORÉM A. 2017. Alho: do plantio a colheita. Viçosa: UFV.

ROMEIRO RS. 1995. Doenças causadas por bactérias em alho. Informe Agropecuário 17: 46-49.

SOUZA PE. 2009. Doenças do alho. In: SOUZA RJ & MACEDO FS. (Ed.). Cultura do alho: tecnologias modernas de produção. Lavras: UFLA. p.109-126.

VANDERLINDE AH & MARCUZZO LL. 2019. Sobrevivência de Pseudomonas marginalis pv. marginalis no solo, agente etiológico da queima bacteriana do alho. In: XX Feira do conhecimento científico e tecnológico, Rio do Sul. Resumos... Rio do Sul: IFC/Campus Rio do Sul. Disponível em: http://www.ifc-riodosul.edu.br/fetec/. Acesso em 10 nov. 2020.

Downloads

Publicado

2021-12-08

Como Citar

MARCUZZO, Leandro Luiz; CATAFESTA, Graziele. Avaliação da flutuação populacional epifítica de Pseudomonas marginalis pv. marginalis e sua relação com a severidade da queima-bacteriana do alho. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 20, n. 3, p. 255–259, 2021. DOI: 10.5965/223811712032021255. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/19258. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Nota de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados