Meu corpo não é um só: corpo, culturas cênicas negro-brasileiras e questões curriculares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103562025e0206

Palavras-chave:

corpo negro, culturas Cênica negro-brasileiras, currículo

Resumo

É possível borrar a hegemonia da noção de corpo que rege estruturas de dominação e implica o epistemicídio de culturas corporais negras? Em diversos campos culturais, observa-se a predominância de uma concepção de corpo orientada prioritariamente por critérios biologizantes. Contudo, outras fundamentações geraram noções de corpo, assim como manifestações cênicas, pautadas por princípios distintos, como a ancestralidade e a vida comunal. Neste estudo, foram realizadas análises de currículos de graduação em Teatro, revisão de literatura sobre o corpo negro e seus fundamentos, além de investigações sobre experiências cênicas negrorreferenciadas em espaços acadêmicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandra Gouvea Dumas, Universidade Federal da Bahia

Pós-doutorado na Université de Paris X, Nanterre, França. Pós-doutorado pela Universidade de Brasília (UnB). Doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com período cotutela em Université de Paris X, Nanterre. Mestrado em Artes Cênicas pela UFBA. Especialização em Metodologia do Ensino da Educação Física pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Graduação em Licenciatura em Educação Física pela UFBA. Graduação em Licenciatura em Teatro pela UFBA.

Referências

BARBOSA, Fernanda Júlia (Onisajé). Entrevista. Legítima Defesa, uma revista de teatro negro, Cia Os crespos da Cooperativa Paulista de Teatro, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 10-21, 2 sem. 2016.

BARBOSA, Fernanda Júlia (Onisajé). Teatro preto de candomblé: descolonizando as peles pretas. Revista Rascunhos - Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas, v.7, n. 1, 2020. DOI: https://doi.org/10.14393/issn2358-3703.v7n1a2020-05. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/rascunhos/article/view/48972. Acesso em: 3 out, 2024.

DICIONÁRIO Michaelis. Verbete corpo. Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Editora Melhoramentos, 2024. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/corpo/. Acesso em: 3 out. 2024.

DICIONÁRIO Priberam da Língua Portuguesa [em linha]. Verbete corpo. 2008-2024. Disponível em: https://dicionario.priberam.org/corpo. Acesso em: 3 out. 2024.

DUMAS, Alexandra Gouvêa. Corpo negro: uma conveniente construção conceitual. In: XV ENECULT, Salvador, agosto de 2019. Disponível em: https://www.enecult.ufba.br/modulos/submissao/Upload-484/111785.pdf. Acesso em: 3 out. 2024.

GROSFOGUEL, Ramon. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, jan./abr. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/xpNFtGdzw4F3dpF6yZVVGgt/?format=pdf. Acesso em: 3 out. 2024.

MACHADO, Vanda. Pele da cor da noite. Salvador: EDUFBA, 2017.

MARTINS, Leda Maria. Performance do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.

MEDINA, João Paulo. O brasileiro e seu corpo: educação e política do corpo. Campinas, SP: Papirus, 1987.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. São Paulo: Editora: WMF Martins Fontes, 2018.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. [S. l.]: Linoart, 1992.

NOGUEIRA, Isildinha Baptista. A cor do inconsciente: significações do corpo negro. São Paulo: Perspectiva, 2021.

OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. 2005, 353 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/36895/1/2005_tese_edoliveira.pdf. Acesso em: 3 out. 2024.

OLIVEIRA, Eduardo; SANTOS, Rita Silvana Santana dos. Poética da natureza: inspirações curriculares. Salvador: Segundo Selo, 2023.

OYÈWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

PETIT, Sandra Haydée. Pretagogia: pertencimento, corpo-dança afroancestral e tradição oral, contribuições do legado africano para a implementação da Lei 10.639/03. Fortaleza: EdUECE, 2015.

SANTOS, Inaicyra Falcão dos. Corpo e ancestralidade: uma proposta pluricultural de dança-arte-educação. 2. ed. São Paulo: Terceira Margem, 2006.

SODRÉ, Muniz. Corporalidade e liturgia negra. In: RUFINO, Joel (Org.). Revista do Patrimônio Histórico Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 25, 1997.

SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro, RJ: Imago Ed.; Salvador, BA: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 2002.

SODRÉ, Muniz. Pensar nagô. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2017.

SOUSA JÚNIOR, Vilson Caetano de. As representações do corpo no universo afro-brasileiro. Revista Projeto História, São Paulo, v. 25, dez. 2002.

TAVARES, Júlio César de (Org). Gramática das corporeidades afrodiaspóricas: Perspectivas etnográficas. Curitiba: Appris, 2020.

Publicado

18-12-2025

Como Citar

DUMAS, Alexandra Gouvea. Meu corpo não é um só: corpo, culturas cênicas negro-brasileiras e questões curriculares . Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 56, p. 1–24, 2025. DOI: 10.5965/1414573103562025e0206. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/26714. Acesso em: 19 dez. 2025.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)