Medeia Negra (2018): corpo feminino que canta e grita

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573101502024e0204

Palavras-chave:

mito, teatro, corpo feminino negro

Resumo

Medeia Negra (2018) concebida e interpretada por Marcia Lima, em Salvador, Bahia, baseada na reescritura do mito grego, concede voz ao corpo feminino negro, apagado pela violência da colonização/escravidão, na invisibilidade do sistema penitenciário. Nesta versão ela cria uma personagem feita de frases, vivências e depoimento de mulheres privadas de liberdade. O objetivo deste estudo consiste em revisar os conceitos e dispositivos cênicos usados para representar esse corpo forçosamente silenciado, que retorna transformado em fragmentos de histórias, barulhos, gritos, espectros e canções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Ramón Castillo, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutorando em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); bolsista CNPQ 2021-2023. Mestre em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) (Brasil). Mestre em Literatura Latino-americana e do Caribe da Universidad de Los Andes 2004 (Venezuela). Especialização em Relações Bilaterais Brasil-Paraguai na UNILA. Diretor de Teatro, dramaturgo e docente.

Cleiser Schenatto Langaro, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutorado em Letras – Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Mestrado em Letras – Linguagem e Sociedade pela UNIOESTE. Graduação em Letras pela UNIOESTE. Professora da UNIOESTE curso de Letras e junto ao Programa de Pós-Graduação Sociedade, Cultura e Fronteiras.

Referências

BORGES, Roberto. Cinema antirracista do Grupo de Trabalho de CLACSO: Afrodescendencias y propuestas contra-hegemónicas (2020) https://www.youtube.com/watch?v=4zZ1WNGJDXI&t=17s Acesso em: 08 ago. 2023.

CAMPOALEGRE, Rosa (org). Afrodescendencias: debates y desafíos ante nuevas realidades. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2021.

CARRASCOSA, Denise. Direito Humano. In: Thula Pires e Felipe Freitas (Org.). Vozes do cárcere: ecos da resistência política. Rio de Janeiro: Kitabu, 2018, p.29-35.

CARRASCOSA, Denise. Mulheres negras em luta contra o superencaceramento. 28 jul. 2020. Disponível em. https://www.youtube.com/watch?v=HBTAq7h1SOs&t=2900s Acesso em: 01 ago. 2023.

CARVALHO, Adelia Aparecida da Silva. Além do Rio – uma Medea na dramaturgia do teatro negro no Brasil. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 24, p. 006 - 027, 2015. DOI: 10.5965/1414573101242015006. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573101242015006 Acesso em: 11 ago. 2023.

CEPAL (Comisión Económica para América Latina y el Caribe) La pandemia del COVID-19 profundiza la crisis de los cuidados en América Latina y el Caribe. 2020. Consulta en línea: https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/46102/4/S2000673_es.pdf Acesso em: 31 jul. 2023

CÉSAIRE, Aimé. "Et les chiens se taisaient". Paris : Editions Présence Africaine 2000.

CESAIRE, Aimé. Une Tempête:d´après “La Tempête” de Shakespeare-Adapatation por un théâtre nègre. Paris: Éditions du Seuil, 1980.

FARIAS, Tânia. #Desmontagem | Medeia Negra. 9 de abr. de 2021. Online in: https://www.youtube.com/watch?v=lPj5VtV81jE&t=617s Acesso em: 17 out. 2023.

GEIROLA, Gustavo. Teatro: vida, sentidos y presencialidad: Conjeturas a propósito de la pandemia. Argus-a Artes y Humanidades/Arts & Humanities, vol. XI, no. 42, 2021, p. 1-31. https://www.argus-a.com/publicacion/1607-teatro-vida-sentidos-y-presencialidad-conjeturas-a-proposito Acesso em: 20 jul. 2023

GOMES, Nilma. El legado de Mandela. Colóquio virtual: 25/11/2020. Online: https://www.youtube.com/watch?v=uOZ9T6vHjHU&feature=emb_title Acesso em: 01 ago. 2023.

GONZALEZ, Lélia. 2020. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: Ensaios, Intervenções e Diálogos Rio Janeiro: Zahar.

GRAVES, Robert. Os mitos gregos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018. Recurso digital

KILOMBA, Grada. Memorias da Plantação. Episodios de Racismo. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

KRISTEVA, Julia. Poderes de la perversión. Madrid: Siglo XXI Editores, 1989 (traducción de Nicolás Rosa y Viviana Ackerman).

LIMA, Marcia. #Desmontagem | Medeia Negra. 9 de abr. de 2021. Online in: https://www.youtube.com/watch?v=lPj5VtV81jE&t=617s

LIMA, Marcia. Desmontagem Medeia Negra. 07 dez. 2020. https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=Ria5gWBJFoY

LIMA, Marcia. Medeia Negra. 02 jul. 2020. Obra de teatro online https://www.youtube.com/watch?v=ZbaAHwYdY2w&t=1455s

MANGIERI, ROCCO. “I CAN´T BREATHE: CONTAGIO, REVUELTA Y ARTIFICACIÓN.” Laboratorio de Semiotica, 2020.

MBEMBE, Achille. Crítica de la razón negra. Barcelona: NED, ediciones. 2016 p.40.

MBEMBE, Achille. Pandemias racializadas (26/11/2020). Conferencia online: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=zitCaQXkobU&feature=emb_title

OCORÓ LOANGO, Anny. O racismo e a hegemonia do privilégio epistêmico. Revista de Filosofía Aurora [en linea]. 2021, 33(59), 417-434[fecha de Consulta 17 de Octubre de 2023]. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=673373992011

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ROCHA, Denise. Um brado feminista contra a “Sevícia, violência, estupro e morte”, em medeia Negra (2018), de Márcio Marciano e Daniel Arcades. In: MARA, Joseane; ARAUJO, Orlando Luiz de; SILVA, Renato Cândido da. Recepção dos mitos gregos na dramaturgia brasileira. Catu: Bordô-Grená, 2021.

ZAVALA, Iris M. Erotismo y terror: el fantasma del texto o cuando los espejos tienen manchas. Alicante: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 2011. Texto en linea: http://www.cervantesvirtual.com/nd/ark:/59851/bmcmp5m3 Acesso em: 10 jul.2023.

Publicado

2024-04-28

Como Citar

CASTILLO, José Ramón; LANGARO, Cleiser Schenatto. Medeia Negra (2018): corpo feminino que canta e grita. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 50, p. 1–24, 2024. DOI: 10.5965/1414573101502024e0204. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24340. Acesso em: 21 maio. 2024.