O processo de criação de Fando e Lis, de Fernando Arrabal: uma memória cartográfica

Autores

  • António Branco Centro de Investigação em Artes e Comunicação, Universidade do Algarve (Portugal)

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103362019357

Palavras-chave:

Fernando Arrabal, Fando e Lis, Memória cartográfica, Investigação cênica

Resumo

O presente artigo pretende responder à questão de saber como podem os artistas exercendo funções em contexto académico dar conta do trabalho de investigação artística realizado nesse contexto, para além da apresentação pública dos resultados obtidos na forma de criação artística. Para o fazer, adota uma perspetiva específica do conceito de “investigação artística” e o método da cartografia em situação de investigação-ação aplicado às Artes Cénicas, propondo uma descrição autorreflexiva, elaborada a partir de notas de direção artística e encenação, do processo de criação de Fando e Lis, de Fernando Arrabal, levado à cena por um grupo de pesquisa teatral de âmbito académico.

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Biografia do Autor

António Branco, Centro de Investigação em Artes e Comunicação, Universidade do Algarve (Portugal)

Ator, encenador, professor e investigador no Departamento de Artes e Humanidades da Universidade do Algarve (Faro, Portugal). Doutoramento em Literatura, agregação em Artes. Foi reitor da universidade (2013-2017).

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Publicado

2019-12-13

Como Citar

BRANCO, António. O processo de criação de Fando e Lis, de Fernando Arrabal: uma memória cartográfica. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 36, p. 357–375, 2019. DOI: 10.5965/1414573103362019357. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/15443. Acesso em: 28 mar. 2024.