Espacialidades inquietas: SobreVivo, trajetórias de uma criação enegrecida

Autores

  • Patricia Fagundes Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Sandino Rafael Rosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.5965/14145731023820200008

Palavras-chave:

Teatro, Antirracismo, Negritude, Festividade, Espacialidades

Resumo

O artigo reflete sobre o processo de criação de SobreVivo - Antes que o baile acabe, a partir das dinâmicas de composição espacial da montagem, considerando seus aspectos estéticos, éticos, poéticos, políticos e sociais. O espetáculo desenvolve temáticas étnico-raciais em uma abordagem antirracista que busca construir um espaço enegrecido da cena, tendo como referenciais manifestações culturais do povo negro, como funk, slam, samba e religiosidades de matriz africana, assim como noções afrocentradas, como a escrevivência e o quilombismo. A dramaturgia foi desenvolvida colaborativamente pela equipe, por meio de narrativas biográficas que evocam suas experiências em relação à negritude e ao racismo. Compõe-se uma cena simultaneamente crítica e festiva, que questiona as localizações sociais dos próprios espectadores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patricia Fagundes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Profa. Dra. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no Departamento de Arte Dramática e no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC). Encenadora.

Sandino Rafael Rosa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestre pelo  Programa de Pos Graduação em Artes Cênicas da UFRGS. Encenador. Educador.

Referências

ALCÂNTARA, Celina Nunes de. Fala negra: um trabalho vocal para teatro como ato político. Repertório, Salvador, ano 21, n. 30, p. 281-295, 2018.1

BARRETO, Raquel. Uma pensadora brasileira. Revista Cult, 3 julho 2019. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/lelia-gonzalez-perfil/. Acesso em: 5 ago. 2029.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Em HOLLANDA, Heloisa Buarque. Pensamento Feminista. Conceitos Fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

ESTRELA D’ALVA, Roberta. Um microfone na mão e uma idéia na cabeça – o poetry slam entra em cena. Synergies Brésil. n. 9, p. 119-126, 2011.

ESTRELA D’ALVA, Roberta. Teatro Hip-Hop. São Paulo: Perspectiva, 2015.

EVARISTO, Conceição. Conceição Evaristo: Minha escrita é contaminada pela condição de mulher negra. Nexo Jornal, [S. l.], p. 1, 26 maio 2017. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2017/05/26/Concei%C3%A7%C3%A3o-Evaristo-%E2%80%98minha-escrita-%C3%A9-contaminada-pela-condi%C3%A7%C3%A3o-de-mulher-negra%E2%80%99.

Acesso em: 29 maio 2020.

EVARISTO, Conceição. Escrevivências da afro-brasilidade: história e memória. Releitura, Belo Horizonte, n. 23, 2008. Disponível em: <http://nossaescrevivencia.blogspot.com/2012/08/escrevivencias-da-afro-brasilidade.html> Acesso em: 12 jul. 2019.

FAGUNDES, Patrícia. La Ética de la Festividad en la Creación Escénica . 2010. 567 p. Tese (Doutorado)- Facultad de Humanidades Comunicación y Documentación, Universidad Carlos III, Madrid, Espanha, 2010. Disponível em: https://e-archivo.uc3m.es/handle/10016/7557. Acesso em: 24 maio 2018.

LIMA, Eugênio. A missão em fragmentos: doze cenas de descolonização em legítima defesa. São Paulo: N-1 edições, 2017.

NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

NASCIMENTO, Abdias do. O quilombismo: Documentos para uma militância pan-africanista. 1. ed. Petrópolis: Vozes, 1980. v. 1.

RIBEIRO, Djamila. O que é Lugar de Fala?. Belo Horizonte: Letramento, 2017.

PIRAJIRA, Thiago. A resistência do povo negro? Carnaval consciente, Carnaval guerreiro. Gaúcha ZH, Porto Alegre, 12 fev. 2018. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2018/02/thiago-pirajira-a-resistencia-do-povo-negro-carnaval-consciente-carnaval-guerreiro-cjdkfe7nd00zf01rva1fd55x4.html. Acesso em: 13 mar. 2019.

ROSA, Sandino Rafael da Silva. SobreVivo: Trajetórias de uma encenação enegrecida. Orientador: Patrícia Fagundes. 2019. Memorial crítico reflexivo (Mestrado em Artes Cênicas) - PPGAC/UFRGS, Porto Alegre, 2019. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/204935. Acesso em: 18 jun. 2020.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: As vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

Downloads

Publicado

2020-09-24

Como Citar

FAGUNDES, Patricia; ROSA, Sandino Rafael. Espacialidades inquietas: SobreVivo, trajetórias de uma criação enegrecida. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 38, p. 1–32, 2020. DOI: 10.5965/14145731023820200008. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/18154. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático - Espaços: configurações na cena brasileira e latino-americana