O teatro do Nordeste antes e depois da descida triunfal ao Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/14145731023820200034

Palavras-chave:

Teatro do Nordeste, Teatro brasileiro, História, Cultura nacional, Auto da Compadecida

Resumo

Considerando a história do “teatro do Nordeste”, nos termos em que Paschoal Carlos Magno vai reconhecer e legitimar a poética introduzida pelo Teatro do Estudante de Pernambuco na década de 1940, este artigo recupera e lança luz sobre os encontros que o movimento teatral organizado a partir do Recife estabeleceu com os palcos do Rio de Janeiro, então tido como centro da cultura teatral do país. Particularmente, interessa aqui evidenciar as especificidades da participação da montagem de o Auto da Compadecida na primeira edição do Festival de Amadores Nacionais em 1957 para o contexto de afirmação das estratégias de visibilidade que demarcaram o Nordeste como lugar no teatro brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Magela Lima, Centro Universitário 7 de Setembro

 Mestre em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia. Prof. Dr. Cursos ursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).

Referências

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 2001.

ARAÚJO, Nélson de. História do teatro. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia, 1991.

BORBA FILHO, Hermilo. Duas Conferências - Teatro: Arte do Povo / Reflexões Sôbre a “Mise-en-Scène”. Recife: Diretoria de Documentação e Cultura/Prefeitura Municipal do Recife, 1947.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bretrand Brasil, 2003.

CALAMARO, Lucia. De cuerpos y viajes: notas sobre la transferencia intercultural de las formas espectaculares. In: GREINER, Crhiristine; BIÃO, Armindo (Org.). Etnocenologia: textos selecionados. São Paulo: Annablume, 1999, p. 75-83.

CARVALHEIRA, Luiz Maurício Britto. Por um teatro do povo e da terra: Hermilo Borba Filho e o Teatro do Estudante de Pernambuco. Recife: Fundarpe, 1986.

CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 2013.

FERRAZ, Leidson (Org.). Memórias da cena pernambucana – volume 3. Recife: Gráfica Santa Marta: 2007.

HELIODORA, Bárbara. A Alularia de Suassuna. Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 23 de março de 1958, p. 7.

LEÃO, Raimundo Matos de. Abertura para outra cena: o moderno teatro na Bahia. Salvador: Edufba, 2006.

LIMA, Magela. Os Nordeste e o teatro brasileiro. Jundiaí: Paco Editorial, 2019.

MENDES, Miriam Garcia. O negro e o teatro brasileiro (entre 1889 e 1982). São Paulo: Hucitec, 1993.

MOLINA, Diego. Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil. Rio de Janeiro: Funarte, 2015.

NETO, Walter Lima Torres. Ensaios de cultura teatral. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.

PIMENTEL, José. A maturidade do Teatro Adolescente do Recife. In: FERRAZ, Leidson (Org.). Memórias da cena pernambucana – volume 3. Recife: Gráfica Santa Marta: 2007, p. 12-13.

PONTES, Joel. O teatro moderno em Pernambuco. São Paulo: DESA/Coleção Buriti, 1966.

PRADO, Décio de Almeida. O teatro brasileiro moderno. São Paulo: Perspectiva, 2003.

REIS, Luís Augusto da Veiga Pessoa. Fora de cena, no palco da modernidade: um estudo do pensamento teatral de Hermilo Borba Filho. Recife, 2008. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco.

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

ROUBINE, Jean-Jacques. A arte do ator. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

RYNGAERT, Jean-Pierre. Introdução à análise do teatro. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Agir Editora, 2004.

SUASSUNA, Ariano. A pena e a lei. Rio de Janeiro: Agir Editora, 2005.

Downloads

Publicado

2020-09-24

Como Citar

LIMA, Magela. O teatro do Nordeste antes e depois da descida triunfal ao Rio de Janeiro. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 38, p. 1–24, 2020. DOI: 10.5965/14145731023820200034. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/17997. Acesso em: 28 mar. 2024.