Se Déshabiller de la Beauté: (dé)constructions du regard autour du corps féminin dans l'art
DOI :
https://doi.org/10.5965/2175234617412025e0007Mots-clés :
art féministe, art contemporain, corps dans i'art, études de genre, nu artistiqueRésumé
Dans la tradition de l’histoire de l’art, le corps féminin, représenté sous la catégorie du nu artistique, a été visuellement construit comme un objet de contemplation et symboliquement associé à des idéaux de beauté. Cette représentation, façonnée par une perspective masculine et patriarcale, a contribué à la construction et à la perpétuation de modes de perception qui associent les femmes à des catégories spécifiques du beau, renforçant ainsi l’objectification de leurs corps. Cet article analyse, à travers une approche théorique et critique de l’histoire de l’art, la manière dont ces visualités opèrent dans le contexte occidental et comment elles ont été subverties à partir des années 1960. À cette fin, il examine Vagina Painting (1965) de Shigeko Kubota et Interior Scroll (1975) de Carolee Schneemann. Ces artistes ont défié les canons de l’art occidental en proposant une praxis corporelle qui rejette la conception traditionnelle de la beauté associée au corps féminin. L’analyse démontre qu’à partir des années 1960, des artistes femmes ont restructuré la relation entre l’art, le corps et la politique, en utilisant leur propre physicalité comme moyen de résistance et de subversion face aux normes de l’art occidental.
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