Estratégias do ensino de física para estudantes surdos: uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.5965/19843178172021e0010Palavras-chave:
LIBRAS, ensino de física , metodologias de ensino, metodologia de ensino, inclusão da pessoa surdaResumo
Os processos de ensino e aprendizagem para estudantes surdos têm alcançado maiores e melhores níveis no âmbito educacional nos últimos anos, mas os desafios ainda se mostram predominantes. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar as estratégias do ensino de física para estudantes surdos a partir de documentos já publicados. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre tema, e a busca foi delimitada com artigos publicados entre os anos de 2014 e 2019 a partir das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Scholar, com os seguintes descritores: 1) ensino; 2) Física; 3) surdo; 4) inclusão; e 5) Libras. Avaliou-se como é tratado o ensino de Física para o estudante surdo, sob a óptica de formação humana integral e omnilateral, com base nos autores Karl Marx e Gramsci. Após a avaliação dos artigos, observa-se que os professores demonstram interesse e/ou preocupação na inserção do estudante surdo na disciplina de Física. Assim, o estudo aponta fatores que influenciam no processo de inserção dos estudantes surdos, como a insuficiência de recursos financeiros, carência de profissionais especializados na área de educação inclusiva para auxiliar os professores e a necessidade de formação continuada pelos profissionais da educação em geral.
Downloads
Referências
BAPTISTA, C. R. et al. Colóquio: Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: Revista de Educação Especial, Brasília (DF), v. 4, n. 1, p. 18-32, 2008.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 13 dez. 2019.
BRASIL. Decreto Lei N.º 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília, 24 de abril de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 13 dez. 2019.
BRASIL. Decreto n.º 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n.º 10.436 de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em: 13 dez. 2019.
CIAVATTA, M. A formação integrada à escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. Revista Trabalho Necessário, v. 3, n. 3, p. 1-20, 2005.
GALVÃO FILHO, Teófilo Alves. Tecnologia assistiva para uma escola inclusiva: apropriação, demanda e perspectivas. 2009. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.
GAMA, F. J. Iconographia dos signaes dos surdos-mudos. Rio de Janeiro: Tipografia Universal de E. & H. Laemmert, 1875.
GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.
KITCHENHAM, B.; CHARTERS, S. Guidelines for performing systematic literature reviews in software engineering. Keele University and Durham University Joint Report, Tech. Rep. EBSE 2007-001, 2007.
LEITE, C. S. M.; SILVA, J. E. F.; TUYAROT, D. E. A integração do aluno surdo na sociedade, através do ensino e aprendizagem de português, física e matemática na escola pública. Seda-Revista de Letras da Rural-RJ, v. 3, n. 8, 2019.
LIMA, H. T. S. O papel do professor no contexto inclusivo: uma reflexão a partir da teoria de subjetividade. E-Revista Facitec, v. 4, n. 1, p. 1-13, 2010.
MAIOR, A. L. S.; BRASILEIRO, T. S. A. O ensino de física em uma perspectiva inclusiva: proposta de desenvolvimento de um aplicativo de termos técnicos para língua brasileira de sinais. Revista Ensino de Ciências e Humanidades-Cidadania, Diversidade e Bem Estar-RECH, v. 4, n. 1, p. 95-107, 2019.
MARX, K. Capital. 3. ed. New York: Vintage, 1981.
OLIVEIRA, C. S. KIPPER, L. M. Uso do design thinking para a produção de sinais em libras de conceitos de física: um estudo com estudantes surdos do primeiro ano do ensino médio. In: Salão de Ensino e de Extensão, 2019, Santa Cruz do Sul. Anais [...]. Unisc: Santa Cruz do Sul, 2019.
PERLIN, G. T. T. História dos surdos. (Caderno Pedagógico). Florianópolis: UDESC/CEAD, 2002.
PERLIN, G.; QUADROS, R. M. Estudos Surdos II. Petropolis, RJ: Arara Azul, 2007.
PESSANHA, M.; COZENDEY, S.; ROCHA, D. M. O compartilhamento de significado na aula de Física e a atuação do interlocutor de Língua Brasileira de Sinais. Ciência & Educação (Bauru), v. 21, n. 2, p. 435-456, 2015.
SAVIANI, D. Trabalho e educação: Fundamentos Ontológicos e Históricos. Revista brasileira de educação, v. 12, n. 34, p. 152-165, 2007.
SILVEIRA, M. V.; BARTHEM, R. B.; SANTOS, A. C. Proposta didática experimental para o ensino inclusivo de ondas no ensino médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 41, n. 1, e20180084-3, 2019.
SOUZA, R. M.; GÓES, M. C. R. O ensino para surdos na escola inclusiva: considerações sobre o excludente contexto da inclusão. In: SKLIAR, C. (Org.) Atualidade da educação bilíngue para surdos. 1. ed. Porto Alegre: Mediação, 1999.
STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: Um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
STOKOE, W. C. Sign language structure. Studies in Linguistics – Occasional Papers 8. Buffalo, NY: Department of Anthropology and Linguistics, University of Buffalo. MD: Linstock Press, 1960.
VARGAS, J. S.; GOBARA, S. T. Interações entre o aluno com surdez, o Professor e o Intérprete em aulas de física: Uma perspectiva vygotskiana. Revista brasileira de educação especial, v. 20, n. 3, p. 449-460, 2014.
VIGOTSKY, L. S. Fundamientos da Defctologia: Obras Escogidas V. Madri: Visor, 1997.
VIVAS, D. D. P.; TEIXEIRA, E. S.; CRUZ, J. A. L. Ensino de Física para surdos: um experimento mecânico e um eletrônico para o ensino de ondas sonoras. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 34, n. 1, p. 197-215, 2017.
VIVIAN, E. C. P.; LEONEL, A. A cultura surda e astronomia: Investigando as Potencialidades Dessa Articulação para o Ensino de Física. Revista Contexto & Educação, v. 34, n. 107, p. 154-173, 2019.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Evaneide De Brito Feitosa Aguiar, Weimar Silva Castilho, Rivadavia Porto Cavalcante, Jair José Maldaner
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A Revista Educação Artes e Inclusão é um periódico que segue a Política de Acesso Livre. Os artigos publicados pela revista são de uso gratuito, destinados a aplicações educacionais e não comerciais. Os artigos cujos autores são identificados representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Revista Educação, Artes e Inclusão [REAI].
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
(a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
(b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
(c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project.
Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.