The territory as an episteme of resistance to coloniality

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5965/19847246242023e0205

Keywords:

land management, border thinking, land as a commodity, decoloniality, against colonization

Abstract

This study aims to analyze the concept of territory as an indispensable knowledge for the resistance of rural peoples and traditional communities. Its epistemic basis is frontier thinking, and bibliographical and documentary research and interviews are its methodological bases. It analyzes how the devaluation of the territorial ties of other peoples conceal their importance, based on ethnic and racial differences, in the sense of interference in the production of knowledge. It highlights the importance of implanting the colonizer's dominant territoriality, anchored in the subjectivity of land as a commodity, for the coloniality of nature. It seeks to elucidate the correlation between land management and coloniality and its interrelation with the mythical categories that revitalize the complex colonization of the imaginary of inferiorized peoples for their control. It analyzes concepts and examples that have anchored resistance in the opposite direction of coloniality, towards decoloniality or counter-colonization. It highlights the importance of territory as an epistemic locus and points to the conceptual importance of territory as a basis for the resistance of diverse peoples and populations from the countryside in Latin America.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Paulo Gustavo de Alencar, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Piauí - UFPI. Engenheiro Agrônomo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, Brasil.

Giovana Mira de Espindola, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Doutora em Sensoriamento Remoto pelo Instituto nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. Professora da. Universidade Federal do Piauí - UFPI.

Maria Sueli Rodrigues de Sousa, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Doutora em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília - UnB. Professora da Universidade Federal do Piauí - UFPI.

Raimundo Jucier Sousa de Assis, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo - USP. Professor da Universidade Federal do Piauí - UFPI.

References

ACOSTA, A. O bem viver: uma oportunidade de enxergar outros mundos. Tradução de Tadeu Breda. São Paulo: Autonomia Literária: Elefante, 2016. 268 p.

ALIMONDA, H. La colonialidade de la naturaleza: uma aproximacioón a la ecologia política latinoamericana. In: ALIMONDA, H. (coord.). La naturaleza colonizada: ecologia política y minería em América Latina. 1. ed. Buenos Aires: CLACSO, 2011. p. 21-58.

ALMEIDA, E. A. de; SILVA, J. F. da. Abya Yala como território epistêmico: pensamento decolonial como perspectiva teórica. Revista Interterritórios, Caruaru, v. 1, n. 1, p. 42-64, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/interritorios/article/view/5009. Acesso em: 19 ago. 2020.

ASSIS, W. F. T. Do colonialismo à colonialidade: expropriação territorial na periferia do capitalismo. Caderno CRH, Salvador, v. 27, n. 72, p. 613-627, set./dez. 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-49792014000300011. Acesso em: 02 set. 2020.

BISPO DOS SANTOS, A. Quilombos: modos e significados. São João do Piauí: COMEPI, 2015.

BISPO DOS SANTOS, A. Colonização, Quilombos: modos e significações. 2. ed. ver. e amp. Brasília: AYÓ, 2019.

BISPO DOS SANTOS, Antonio. Entrevista gravada com Antonio Bispo dos Santos [20 fev. 2022]. Entrevistador: Paulo Gustavo de Alencar. Teresina: PRODEMA/UFPI, 2022. 1 arquivo mp3 (1 hora 58 min.).

BORGES, Gregório Francisco. Entrevista gravada com Gregório Francisco Borges [26 out. 2022]. Entrevistador: Paulo Gustavo de Alencar. Teresina: PRODEMA/UFPI, 2022. 1 arquivo mp3 (39 min.).

COOPER, F.; HOLT, T.; SCOTT, R. Além da escravidão: investigação sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Tradução de Maria Beatriz Medina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

CORONIL, F. Natureza do pós-colonialismo: do eurocentrismo ao globalcentrismo. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 50-62.

CORONIL, F. The magical state: nature, money and modernity in Venezuela. Chicado: Chicago Univerty Pres, 1997.

CRUZ, V. do C. Lutas sociais, reconfigurações identitárias e estratégias de reapropriação social do territó-rio na Amazônia. 2011. 368 f. Tese (Doutorado em Geografia) −Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2011.

ESCOBAR, A. The making and unmaking of the Thirld World. Princenton: Princenton Universidad Press, 1995.

ESCOBAR, A. Territorios de diferencia: la ontología política de los derechos al territorio. Desenvolvimento e Meio Ambiente, [Curitiba], v. 35, p. 89-100, dez. 2015. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/made/article/download/43540/27088. Acesso em: 11 dez. 2020.

FANON, F. Os condenados da terra. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.

FERNANDES, B. M. Conflitualidade e desenvolvimento territorial. In: BUAINAIN, A. M. et al. (org.) Lutas pela terra, reforma agrária e gestão de conflitos no Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.

GARCIA, L. G. Visões do mundo, visões do outro. João Pessoa: PRODEMA/UFPb, 1999.

GROSFOGUEL, R. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais [Online], Coimbra, n. 80, p. 115-147, mar. 2008. Disponível em: https://journals.openedition.org/rccs/697. Acesso em: 24 ago. 2020.

HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

JACUPÉ, K. W. A terra dos mil povos: história indígena do Brasil contada por um índio. 2. ed. São Paulo: Peirópolis, 2020. 128 p.

LAGE, A. C. Da subversão dos lugares convencionais de produção do conhecimento à epistemologia de fronteira: que metodologias podemos construir com os movimentos sociais? E-cadernos CES [Online], [s. l.], n. 02, dez. 2008. Disponível em: http://journals.openedition.org/eces/1394. Acesso em: 14 fev. 2021.

LANDER, E. Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 8-23. (Perspectivas latino-americanas).

LEFF, E. A reapropriação social da natureza. In: LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. Cap. 5, p. 65-82.

MALDONADO-TORRES, N. Sobre la colonialidade del ser: contribuciones la desarrolho de um concepto. In: CASTRO-GOMES, S.; GROSFOGUEL, R. E. (org.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores: Instituto Pensar, 2007. p. 127-167.

MARX, K. O capital: crítica a economia política. Livro I (o processo de produção do capital), v. 2. Tradução de Reginaldo Sant’Anna. 21. ed. Rio de Janeiro: 2006.

MIGNOLO, W. D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais [on line], [São Paulo], v. 32, n. 94, p. 1-18, jun. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v32n94/0102-6909-rbcsoc-3294022017.pdf. Acesso em: 06 set. 2020.

MIGNOLO, W. D. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF, Niterói, n. 34, p. 287-324, 2008. Disponível em: https://fdocumentos.tips/document/desobediencia-epistemica-walter-mignolo-565dc71ec8471.html. Acesso em: 23 jun. 2020.

MIGNOLO, W. D. Historias locales-diseños globales: colonialidade, conocimientos subalternos y pensamento fronterizo. Madrid: Akal, 2003.

OLIVEIRA, Emanoel Jardel Alves. "É o sonho da gente indo embora!": relações territoriais e a reivindicação existencial da comunidade quilombola Lagoas-PI (2005-2014). 128 f. 2020. Dissertação (Mestrado em História) − Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.

POLANYI, K. Mercado e natureza. In: POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época. 2. ed. Rio de Janeiro: Compus, 2000. p. 214-227.

PORTO-GONÇALVES, C. W. A reinvenção dos territórios: a experiência latino-americana e caribenha. In: CECEÑA, A. E. Los desafios de las emancipaciones em um contexto militarizado. Buenos Aires: CLACSO, 2006. p. 151-197.

PORTO-GONÇALVES, C. W. A ecologia política na América Latina: reapropriação social da natureza e reinvenção dos territórios. Revista INTERthesis, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 16-50, jan./jul. 2012. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/1807-1384.2012v9n1p16. Acesso em: 25 fev. 2021.

PORTO-GONÇALVES, C. W.; QUENTAL, P. de A. Colonialidade do poder e os desafios da integração regional na América Latina. Polis [on line], [Santiago], v. 11, n. 31, p 295-332, 2012. Disponível em: https://scielo.conicyt.cl/pdf/polis/v11n31/art17.pdf. Acesso em: 07 jan. 2021.

QUIJANO, A. Colonialidade e modernidade/racionalidade. In: BONILLO, H. (comp.). Los conquistados. Bogotá: Terceiro Mundo Ediciones/FLACSO, 1992. p. 437-449.

QUIJANO, A. Colonialidade do saber, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

QUIJANO, A. Colonialidad del poder y clasificaciòn social. In: CASTRO-GOMES, S.; GROSFOGUEL, R. E. (org.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Instituto Pensar, 2007. p. 93-126.

RIVERO, C. V. La lucha por la tierra es la lucha por el territorio. NERA, Boletim DATALUTA, [s. l.], abr. 2009. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/nera/artigodomes/ 4artigodomes_2009.pdf. Acesso em: 15 set. 2020.

SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: EDUSP, 2005.

SECRETO, M. V. Esse comunismo estéril em que vegetan: el individualismo agrário frente a las formas de propriedade y los usos tradicionales de la tierra. In: ALIMONDA, H. (coord.). La naturaleza colonizada: ecologia política y minería em América Latina. Buenos Aires: CLACSO, 2011. p. 113-123.

SOUSA, M. S. R. de (org.) Desenvolvimento, conhecimento tradicionais e direitos humanos: populações tradicionais e quilombolas do Estado do Piauí e a defesa socioambiental. Teresina: EDUFPI, 2015.

SOUZA FILHO, C. F. M. de. A função social da terra. Curitiba: Arte & Letra, 2021.

Published

2023-10-17

How to Cite

ALENCAR, Paulo Gustavo de; ESPINDOLA, Giovana Mira de; SOUSA, Maria Sueli Rodrigues de; ASSIS, Raimundo Jucier Sousa de. The territory as an episteme of resistance to coloniality. PerCursos, Florianópolis, v. 24, p. e0205, 2023. DOI: 10.5965/19847246242023e0205. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/22862. Acesso em: 18 may. 2024.

Issue

Section

Dossiê “Perspectivas contracoloniais e ecologias antirracistas em tempos de catástrofes planetárias”