Mini-Suíte da Sobrevivência Universitária

Criando e Pensando a Música de Bordas a partir do Violão de 8 Cordas, Viola Caipira, Violino e Flauta Transversal

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530410022025e0107

Keywords:

música de bordas, composição colaborativa, violão de 8 cordas, viola caipira, cultura híbrida

Abstract

The Mini-Suite of University Survival: From Choro to Vacation is a musical creation project carried out with support from the BIPAC/UTFPR public cultural funding program. The proposal consisted of composing four original instrumental pieces, fully notated for hybrid ensembles involving 8-string classical guitar (or viola caipira), violin, and transverse flute. The project explores the concept of border music through its institutional context—a technological university with no formal music programs—and its aesthetic approach, which combines Brazilian popular genres (choro, forró, waltz) with experimental and collaborative composition practices for chamber music. In this article, we present how the project was developed and offer a brief investigation into how the instruments used in the suite are positioned within the sociocultural context of border music in Brazil.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Angel Akio Tateishi, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Angel Akio Tateishi holds a PhD in Physics from the State University of Maringá (UEM), with a doctoral internship at the Complex Systems Research Group of the Medical University of Vienna (2013). Since 2014, he has been a professor and researcher at the Federal University of Technology – Paraná (UTFPR). His research focuses on statistical mechanics, mathematical physics, and complex systems. In parallel with his work in the exact sciences, he develops original musical projects, with particular interest in border practices and hybrid instrumental formations. He completed a Technical Course in Music at UEM (2008), where he studied classical guitar with Marcos W. de Godoy and Roberto A. Baldassi. Since 2018, he has dedicated himself to daily guitar study, with a focus on creative processes and non-conventional musical practices. In 2024, he was awarded first place in the 3rd Cordas ao Vento Composition Competition with his piece Procrastinamos No. 1.

Matheus Cantu, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco

Matheus Cantu é estudante de Engenharia Elétrica na instituição UTFPR e iniciou o estudo do Violino em 2014. Participa da orquestra de câmara de Pato Branco, UTFPR-Francisco Beltrão e do quarteto de cordas G4Strings, e é professor de Teoria musical básica e prática de Violino. Participou por três anos consecutivos na OCC de Cáscavel-PR, regida pelo Maestro Israel Menezes.

Douglas Felipe Gerhardt, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Pato Branco

Graduado em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Pedagogo (Universidade Estácio de Sá). Mestrando em Desenvolvimento Regional (UTFPR), na Linha de Pesquisa de Educação e Desenvolvimento. Como graduando, foi pesquisador do Núcleo PRISMA, do Grupo de Estudos em Capacidade Estatal, Segurança e Defesa (GECAP) e do Grupo de Estudos, Extensão e Pesquisa em Política Internacional Contemporânea (GEPPIC). Atualmente faz parte parte do GEU - Grupo de Estudos em Universidade - da UTFPR, como integrante do PPGDR (Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional) a nível de Mestrado. Como pesquisador, tem interesse nas Ciências Humanas, com ênfase na Ciência Política, na Educação e na Cultura.

References

ALBINO, César Augusto Coelho, A importância do ensino da improvisação musical no desenvolvimento do intérprete. São Paulo:UNESP, 2009.

ALVARENGA, Oneyda. Música Popular Brasileira. São Paulo: Duas Cidades, 1982.

ARAÚJO, Mozart de. A Modinha e o Lundu no Século XVIII. São Paulo: Ricordi, 1963.

BATE, Philip. The Flute: A Study of its History, Development and Construction. Londres: Ernest Benn, 1969.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

BORGES, Luciano. O violão sete cordas no choro tradicional e não tradicional. Revista Vórtex, Curitiba, v. 8, n. 1, 2020.

BOURDIEU, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

BURGESS, Richard James. The Art of Music Production: The Theory and Practice. New York: Oxford University Press, 2014.

CANCLINI, Néstor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 1998.

CAZES, Henrique. O choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998.

CORRÊA, Roberto Nunes. Viola caipira: das práticas populares à escritura da arte. 2014. Tese (Doutorado em Música) — Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.27.2014.tde-22092015-112350

COUTEIRO, Clidney de Amorim. O violão de 8 cordas como instrumento acompanhador do canto popular brasileiro. Dissertação (Mestrado em Música) — Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012.

http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5500

DINIZ, André. Almanaque do choro: a história do chorinho, o que ouvir, o que ler, onde curtir. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.

FARIAS, Bernardo. A crítica dialética e o hibridismo musical na atualidade. Resonancias: Revista de Investigacion Musical, v. 14, n. 27, p. 39–55, 2010.

https://resonancias.uc.cl/wp-content/uploads/sites/13/2014/09/Farias-2.pdf

FERNANDES, Frederico. A aflitiva insistência: pensamento crítico cultural e teoria das bordas. Légua & Meia, n. 7(1), p. 213–223, 2017.

FERREIRA, Jerusa Pires. Cultura das bordas: edição, comunicação, leitura. São Paulo: Ateliê Editorial, 2010.

FILLAT, Mathilde Tania. O violino na música popular brasileira: recursos técnico-interpretativos em Ricardo Herz e Nicolas Krassik. 2018. Dissertação (Mestrado em Música) — Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo.

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-03102018-154312/.

FÓRUM VIOLÃO.ORG. Discussões sobre violão de 8 cordas e publicações relacionadas. Disponível em: https://violao.org/. Acesso em: 10 de Abril, 2025.

GARCIA, Cláudia Araújo. Palavras, sons e imagens:Representações do violão na prosa literária brasileira. Revista Vórtex, Curitiba, v. 12, p1-28, 2024.

https://doi.org/10.33871/vortex.2024.12.8726

GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34, 2001.

GORITZKI, Elisa. Manezinho da Flauta no Choro: uma contribuição para o estudo da Flauta Brasileira. 2002. Tese (Doutorado em Música) – UFRGS, Porto Alegre.

GUIMARÃES, Valéria. Resenha de: FERREIRA, Jerusa Pires. Cultura das bordas: edição, comunicação, leitura. São Paulo: Ateliê Editorial, 2010. Varia Historia, v. 27, n. 45, p. 259–263, 2011.

GUIMARÃES, Valéria dos Santos. Grand Guignol de papel: cultura midiática e cultura das bordas nos faits-divers. Revista Sentidos da Cultura, v. 9, n. 16, jan./jul. 2022, p. 172–190.

https://periodicos.uepa.br/index.php/sentidos/article/view/6297

HEBDIGE, Dick. Subculture: The Meaning of Style. London: Routledge, 1979.

JUNQUEIRA, Humberto. Cuidado violão! Mozart Secundino e o acompanhamento violonístico no âmbito dos conjuntos regionais. Per Musi, Belo Horizonte, v. 26, 2025.

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2025.54138

KAZADI WA MUKUNA. Contribuição Bantu na Música Popular Brasileira. São Paulo: Terceira Margem, 2011.

LIVINGSTON, Tamara Elena, GARCIA, Thomas G. Caracas. A Social History of a Brazilian Popular Music, Bloomington: Indiana University Press, 2005.

MARINHO, Leandro Drumond. Das tripas ao aço: violas nordestinas de dez cordas na música instrumental. 2022. Tese (Doutorado) — Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/24903

MARIZ, Vasco. História da música no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

McCLARY, Susan. Conventional Wisdom: The Content of Musical Form. Berkeley: University of California Press, 2000.

MOMM DE MELO, Carolina; FIAMINGHI, Luiz Henrique. Violino no choro: possibilidades interpretativas a partir de composições de J. E. Gramani. Revista Vórtex, Curitiba, v. 12, n. 1, 2024. Disponível em: https://periodicos.unespar.edu.br/vortex/article/view/8415. Acesso em: 29 abr. 2025.

MORAES, André Aparecido de Souza. Viola brasileira, qual delas? Revista da Tulha, v. 6, n. 1, 2020.

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2020.166626

NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira: utopia e massificação (1950-1980).4 ed. São Paulo: Contexto, 2001.

NEVES, Renata. Violino no Forró. YouTube, 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=feo_ufvHU6Y. Acesso em: 29 abr. 2025.

ORDINE, Nuccio. A utilidade do inútil: um manifesto. Tradução de Daniela Beccaccia Versiani. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

PETERS, Jonathan E. Music Composition 1: Learn How to Compose Well-Written Rhythms and Melodies. CreateSpace Independent Publishing Platform, 2014.

PETERS, Jonathan E. Music Composition 2: Learn How to Compose Well-Written Rhythms and Melodies. Charleston: CreateSpace Independent Publishing Platform, 2014.

PIEDADE, Acácio. Perseguindo fios da meada: pensamentos sobre hibridismo, musicalidade e tópicas. Per Musi, Belo Horizonte: UFMG, n. 20, p. 1–14, 2009.

PIMENTA, Guilherme. Violino popular brasileiro: uma breve história através de

gravações. Revista Debates, v. 28 e282402, 2021 Recuperado de https://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/12848

PIMENTA, Guilherme Almeida. Movimento violino popular brasileiro: prática e didática violinística em uma perspectiva decolonial. 2024. Tese (Doutorado em Música) — Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

http://hdl.handle.net/unirio/14479

POLETTINI, Ricardo. Nova viola brasileira: uma cena musical marcada por experiências estéticas híbridas e mediações culturais e comunicacionais. 2022.

Tese (Doutorado em Música) — UNESP, Bauru.

http://hdl.handle.net/11449/235129

POMPERMAIER, Alexandre. Entre o erudito e o popular: a flauta transversal de Plauto Cruz na história do choro. 2014. Dissertação (Mestrado em Música) – UPF, Passo Fundo.

http://tede.upf.br/jspui/bitstream/tede/190/1/2014Alexandre_Pompermaier.pdf

RIOS FILHO, Paulo Oliveira. Hibridação cultural como horizonte metodológico para a criação de música contemporânea. Salvador: UFBA, (2010).

SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917–1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

SCHAFHAUSER, Lucas Guilherme. Viola caipira no Brasil: uma história da técnica artesanal e cultura popular. 2018. Dissertação (Mestrado) — Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba.

http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3831

SILVA JUNIOR, Aluísio Laurindo da. Perspectivas musicais e socioculturais do violão multicordas a partir de três luthiers brasileiros. Dissertação (Mestrado em Música) — Brasília: UNB, 2021.

TATEISHI, Angel [tradutor]; ARTZT, Alice. Algumas Reflexões sobre Ritmo: Prólogo do livro “Rhythmic Mastery” de Alice Artzt. Revista Vórtex, Curitiba, v. 11, n. 2, 2023.

https://doi.org/10.33871/23179937.2023.11.2.7497

TATEISHI, Angel; CARPENEDO, Amanda; BAIANO, Jean Lopes. Hipótese da Valseabilidade: sobre a possibilidade da valsa brasileira. Revista Vórtex, Curitiba, v. 11, n. 2, 2023.

https://doi.org/10.33871/23179937.2023.11.2.7619

TINHORÃO, José Ramos. História Social da Música Popular Brasileira. São Paulo: Editora 34, 1998.

ULHÔA, Martha Tupinambá de. A Análise da Música Brasileira Popular. Cadernos Do Colóquio, 1(1), 1998.

https://seer.unirio.br/coloquio/article/view/10

VILELA, Ivan. Cantando a própria história: música caipira e enraizamento. São Paulo: Edusp, 2013.

WERNECK, Ana Cristina. O violino na música popular urbana carioca (1850-1950). 2013. Dissertação (Mestrado em Música) — Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

http://objdig.ufrj.br/26/dissert/817832.pdf

Published

2025-12-14

How to Cite

TATEISHI, Angel Akio; CANTU, Matheus; FELIPE GERHARDT, Douglas. Mini-Suíte da Sobrevivência Universitária: Criando e Pensando a Música de Bordas a partir do Violão de 8 Cordas, Viola Caipira, Violino e Flauta Transversal. Orfeu, Florianópolis, v. 10, n. 2, p. e0107, 2025. DOI: 10.5965/2525530410022025e0107. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/27229. Acesso em: 15 dec. 2025.