Oficina o casaco de Marx:
entre a moda, o design, a antropologia e a semiótica
DOI :
https://doi.org/10.5965/25944630432020045Résumé
O artigo tem como objetivo analisar a oficina “O casaco de Marx”, elaborada e coordenada
por Maira Gouveia, ação performática contingente inspirada nas imbricações poéticas da
vestimenta com seus usuários relatadas no livro homônimo do historiador Peter Stallybrass
(2012). Como metodologia, a oficina possui um caráter prático-reflexivo e propõe exercícios
que dialogam com os campos da semiótica e da antropologia, utilizando questionamentos e
apontamentos da moda e do design para tecer uma leitura crítico-reflexiva sobre as possibilidades
de relações a serem construídas com os objetos do cotidiano. Ao longo da investigação,
foi possível observar modos de ocorrência de diálogos entre os campos do design, da
moda, da antropologia e da semiótica, para repensar o nosso olhar sobre a cultura material e
propor uma relação mais significativa com os artefatos que nos circundam, a partir da compreensão
do realismo agencial de Karen Barad. Ou seja, pensar na oficina a possibilidade de
compreensão dos objetos como agentes sociais enquanto cocriadores de nossos modos de
existência.
Téléchargements
Références
BARAD, Karen. Meeting the Universe Halfway: Quantum Physics and the Entanglement of Matter and Meaning. London: Duke University Press, 2007.
BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Editora Record, 1996.
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
FRANCO, Juliana Rocha. Cartografias criativas: da razão cartográfica às mídias móveis. Curitiba: Appris, 2019.
FRANCO, Juliana Rocha; BORGES, Priscila Monteiro. O real na filosofia de C. S. Peirce. Teccogs: Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, TIDD | PUC-SP, São Paulo, n. 12, p. 66-91, jul-dez. 2015.
FRANCO, J. , NEVES B. The distributed performance of artefactual representation by mobile video in Brazil. Janus 2017- A comunicação mundializada. 2017.
GELL, Alfred. Arte e Agência. São Paulo: Ubu, 2018.
INGOLD, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: Emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 18, n. 37, p. 25-44, jan./jun. 2012.
________, Bruno. Um Prometeu cauteloso? Alguns passos rumo a uma filosofia do design. Agitprop n.58 (ano 6), 2009.
LE BRETON, David. Adeus ao Corpo: Antropologia e Sociedade. Campinas:
Papirus, 2003.
MEARLEAU PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
MILLER, Daniel. Trecos, troços e coisas: estudos antropológicos sobre a cultura
material. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
PLAZA, Julio. Tradução Intersemiótica. São Paulo: Perspectiva, 2003.
SANTAELLA, Lucia. Teoria Geral dos Signos: Semiose e autogeração. São Paulo: Cengage Learning, 1995.
SANTAELLA, Lucia et al. Por uma semiótica não-tergiversante: análise do site Conductor-MTA. me. LÍBERO. ISSN impresso: 1517-3283/ISSN online: 2525-3166, n. 28, p. 37-76, 2011.
SARAMAGO, José. Objecto- Quase. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx: roupas, memória, dor. - 3. ed. - Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
TILLEY, Chris. Do corpo ao lugar à paisagem: uma perspectiva fenomenológica. Belo Horizonte: Vestígios, n 8, vol 1. jan-jun, 2014.
UEXKÜLL, Thure von. The Theory of Meaning. Trad. inglesa de Thure von Uexküll. Semiotica,2010.
Téléchargements
Publiée
Versions
- 2020-10-01 (2)
- 2020-10-02 (1)
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Maira Pereira Gouveia Coelho 2020

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
- Les auteurs conservent les droits d’auteur et concèdent à la revue le droit de première publication, l’œuvre étant simultanément mise à disposition sous la Licence Creative Commons Attribution 4.0 International, qui autorise:
1. Le partage — la copie et la redistribution de la matière sous toute forme ou support, pour toute utilisation, y compris commerciale.
2. L’adaptation — le remixage, la transformation et la création à partir du contenu, pour toute utilisation, y compris commerciale. Le concédant ne peut révoquer ces libertés tant que vous respectez les conditions de la licence.
Conformément aux conditions suivantes:
1. Attribution — Vous devez créditer de manière appropriée l’œuvre, fournir un lien vers la licence et indiquer si des modifications ont été effectuées. Cette attribution doit être faite dans toute circonstance raisonnable, sans toutefois suggérer que le concédant vous soutient ou soutient votre utilisation de l’œuvre.
2. Aucune restriction supplémentaire — Vous ne pouvez appliquer des conditions légales ou des mesures techniques qui restreindraient juridiquement autrui d’accomplir tout acte permis par la licence. - Le plagiat, sous toutes ses formes, constitue une pratique de publication contraire à l’éthique et est inacceptable. Cette revue utilise le logiciel de contrôle de similarité iThenticate.