Ensino remoto de música durante 2020

docência e letramento digital de dois professores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/18083129152021e0029

Palavras-chave:

Professores de música, Educação aberta, História oral, Pandemia de COVID-19, 2020

Resumo

Frente à realidade de pandemia, neste trabalho tivemos como objetivo compreender os impactos do ensino remoto de música, durante o ano de 2020, por meio da narrativa de dois professores que atuam em escolas públicas. A experiência dos professores com a narrativa, contando histórias de sua própria vida e suas experiências de ensino durante o período de isolamento inserem o trabalho dentro do chamado movimento biográfico da educação. O baixo estímulo ao profissional docente, aliado à falta de programas sociais estinados ao maior acesso à internet ou tecnologias digitais por parte dos estudantes e suas famílias, presente no relato dos docentes, revelam desafios do momento vivenciado na educação básica em 2020.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Brunno Rossetti Ogibowski, Universidade do Estado de Santa Catarina

Departamento de Música, Educação Musical e Formação DocenteAtualmente é aluno do PPGMUS da UDESC na Linha de Pesquisa de Educação Musical e Formação Docente com a Prof. Dra. Teresa Mateiro e é Servidor Público Federal da UFSC, atuando como Técnico em Som e professor de Produção Audiovisual para Ensino Remoto em cursos de extensão. A formação em música se deu empiricamente, pois apenas teve passagem pela extinta Faculdade de Artes do Paraná, ingressando no curso de Bacharelado em Violão, ao mesmo tempo que cursou dois anos de Publicidade e Propaganda na PUCPR em Curitiba. Após este período, atuou em bandas e estúdios ao redor Brasil e na Europa enquanto profissionalizava-se no aspecto técnico e tecnológico da formação musical, relacionada ao áudio e aos estudos do som. De volta ao Brasil, São Paulo, passa a atuar como técnico de som de gravação, mixagem e masterização, além de participar de grupo de estudos de Música Experimental na EMESP e atuar como diretor musical de peças de teatro. Após breve passagem na Universidade Anhembi Morumbi, no Curso de Produção Fonográfica, segue para a Graduação em Produção Audiovisual pela FIAM-FAAM com especialização em Gestão e Negócio Audiovisual pelo Centro Universitário Senac. Atuou como Monitor de Educação Profissional do Centro Universitário Senac e Professor do Ensino Técnico Integrado ao Médio na FECAP, em São Paulo, onde adquiriu experiência de mercado na área de Gravação, Produção Musical e Audiovisual, TV, Teatro e Opera, atuando como músico e engenheiro de som. 

Teresa da Assunção Novo Mateiro, Universidade do Estado de Santa Catarina

Ph.D. em Filosofia e Ciências da Educação ? Educação Musical pela Universidad del País Vasco (Espanha), mestre em Educação Musical e licenciada em Educação Artística com Habilitação em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil). É professora do Departamento de Música e dos Programas de Pós-Graduação, Mestrado Acadêmico em Música e Mestrado Profissional em Artes, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Entre 2008 e 2011 atuou como professora associada no curso de Licenciatura em Música e no Programa de Pós-Graduação em Música (Mestrado e Doutorado) da Escola de Música, Arte e Teatro da Örebro Universitet (Suécia) e no curso de Licenciatura em Música a distância da Universidade Aberta do Brasil/Universidade de Brasília (UAB/UnB). Durante o ano de 2008 realizou pesquisa em nível de pós-doutorado na Lund Universitet (Suécia). Foi Coordenadora dos Cursos de Música (2003-2005) e Diretora de Ensino de Graduação do Centro de Artes (2013-2017) da UDESC. Foi Diretora Regional (2001-2003) e Tesoureira (2003-2005) da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM). Integrou o Conselho Municipal de Política Cultural de Florianópolis no biênio 2012-2013. Foi membro da Comissão de Avaliação da área de música do ENADE junto ao INEP/MEC (2013-2015). Coordena o Grupo de Pesquisa ?Educação Musical e Formação Docente? (UDESC/CNPq). Como pesquisadora desenvolve pesquisas na área da formação docente, privilegiando temas como prática pedagógica, programas curriculares, conhecimento profissional, práticas musicais escolares e estudos transculturais em educação musical. É editora das Revistas Nupeart e Orfeu (Ceart.Udesc) e membro do Conselho Editorial das Revistas DAPesquisa, Música em Contexto, APEM and RIEM. . É autora e coautora de diversos artigos publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais. É uma das organizadoras dos livros ?Práticas de Ensinar Música? (Sulina, 2006; 2008; 2009), Pedagogias em Educação Musical (InterSaberes, 2011 ? finalista ao Prêmio Jabuti, 2012) e Pedagogias Brasileiras em Educação Musical (InterSaberes, 2016).

Referências

BAUMAN, Z. Sobre educação e juventude: conversas com Riccardo Mazzeo/Zygmunt Bauman. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2013.

BELTRAME, J. A. Educação musical emergente na cultura digital e participativa: uma análise das práticas de produtores musicais. Tese (Doutorado em Música) - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/11033. Acesso em: 31 mar. 2021.

BELTRAME, J. A. Práticas e aprendizagens de produtores musicais: aspectos de uma educação musical emergente na cultura digital e participativa. Revista da Abem, Londrina, v. 26, n. 41, p. 40–55, 2018. DOI: 10.33054/abem2018b4103. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/780. Acesso em: 31 mar, 2021.

BUCKINGHAM, D. Cultura Digital, Educação Midiática e o Lugar da Escolarização. Educação & Realidade, [S. l.], v. 35, n. 3, p. 37–58, 2010. Disponível em: http://www.ufrgs.br/edu_realidade.

CERNEV, F. Aprendizagem musical colaborativa mediada pelas tecnologias digitais: uma perspectiva metodológica para o ensino de música. Revista da ABEM, Londrina, v. 26, n. 40, p. 23–40, 2018. DOI: 10.33054/abem2018a4002.Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/718. Acesso em: 31 mar. 2021.

CERNEV, F. K. Aprendizagem musical colaborativa mediada pelas tecnologias digitais: motivação dos alunos e estratégias de aprendizagem. 2015. [S. l.], 2015. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/128932/000975823.pdf?sequence=1. Acesso em: 31 mar. 2021.

CUERVO, L. Educação musical e a ideia de arquiteturas pedagógicas: práticas na formação de professores da geração “nativos digitais”. Revista da ABEM, Londrina, v. 20, n. 29, p. 62–77, 2012. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/91. Acesso em: 31 mar. 2021.

CUERVO, L.; WELCH, G. F.; MAFFIOLETTI, L. de A.; REATEGUI, E. Musicalidade humana sob o prisma cognitivo-evolucionista: Do Homo sapiens ao Homo digitalis. Opus, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 216–241, 2017. DOI: 10.20504/opus2017b2310. Disponível em: https://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/449. Acesso em: 31 mar. 2021.

FERREIRA, L. G. Desenvolvimento profissional docente. Educação em Perspectiva, [S. l.], v. 11, p. 1–18, 2020. DOI: 10.22294/eduper/ppge/ufv.v11i.9326.

GALIZIA, F. S. Educação musical nas escolas de ensino fundamental e médio: considerando as vivências musicais dos alunos e as tecnologias digitais. Revista da ABEM, Londrina, v. 17, n. 21, p. 76–83, 2009. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/238. Acesso em: 31 mar. 2021.

GOHN, D. M. Auto-Aprendizagem Musical: Alternativas Tecnológicas. Acesso em: 31 mar. 2021.

GOHN, D. M. Tecnofobia na música e na educação: origens e justificativas. OPUS, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 161–174, 2007. Disponível em: https://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/308. Acesso em: 31 mar. 2021.

GOHN, D. M. Um breve olhar sobre a música nas comunidades virtuais. Revista da ABEM, Londrina, v. 16, n. 19, p. 113–119, 2008. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/265. Acesso em: 31 mar. 2021.

GOHN, D. M. Educação musical a distância: propostas para ensino e aprendizagem de percussão. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação ) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. p. 190. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-13042010-225230/publico/TESE.pdf.

GOHN, D. M. Tecnologias Digitais para Educação Musical. São Carlos: Edufscar, 2010.

GOHN, D. M. A internet em desenvolvimento: vivências digitais e interações síncronas no ensino a distância de instrumentos musicais. Revista da ABEM, Londrina, v. 21, n. 30, p. 25–34, jan./jun. 2013. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/79. Acesso em: 31 mar. 2021.

LARA, R. da C. Ubiquidade e crise pandêmica: o que há de novo no trabalho em educação? Em Tese, Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 24–43, 2020. DOI: 10.5007/1806-5023.2020v17n2p24. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/1806-5023.2020v17n2p24. Acesso em: 31 mar. 2021.

LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 2. ed. São Paulo : Editora 34, 2010.

MARCELO GARCÍA, C. O professor iniciante, a prática pedagógica e o sentido da experiência. Formação Docente, Belo Horizonte ,v. 2, n. 3, p. 11–49, ago./dez. 2010.

MATEIRO, T. Do tocar ao ensinar : O caminho da escolha. OPUS - Revista Eletrônica da ANPPOM, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 175–196, 2007. Disponível em: https://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/309. Acesso em: 31 mar. 2021.

MATEIRO, T.; BORGHETTI, J. Identidade, Conhecimentos Musicais E Escolha Profissional: Um Estudo Com Estudantes De Licenciatura Em Música. Musica Hodie, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 89–108, 2008. DOI: 10.5216/mh.v7i2.3354.

OLIVEIRA NETO, A. B. Rumo à sala de estudos aumentada: Experiências com suporte computacional para o desenvolvimento técnico e perceptivo na performance musical. 2018. Tese (Doutorado em Música) - Universidade Federal de Minas Gerais , Belho Horizonte, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/AAGS-BCTHQY. Acesso em: 31 mar. 2021.

NÓVOA, A. A pandemia de Covid-19 e o futuro da Educação. Revista Com Censo: Estudos Educacionais do Distrito Federal, Brasília, v. 7, n. 3, p. 162–168, 2020. Disponível em: http://periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso/article/view/905/551. Acesso em: 31 mar. 2021.

NÓVOA, A.; FINGER, M.(org.) O método (auto)biográfico e a formação. 2. ed. Natal : EDUFRN, 2014.

PASSEGGI, M. da C. Reflexividade narrativa e poder auto(trans)formador. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 17, n. 44, p. 1–21, 2021. DOI: https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i44.8018. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/8018. Acesso em: 31 mar. 2021.

SCHRAMM, R. Tecnologias aplicadas à Educação Musical. Renote, Porto Alegre, v. 7, n. 2, 2009. DOI: 10.22456/1679-1916.13700. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/renote/article/view/13700. Acesso em: 31 mar. 2021.

Publicado

2021-10-11 — Atualizado em 2021-12-15

Como Citar

OGIBOWSKI, Brunno Rossetti; MATEIRO, Teresa da Assunção Novo. Ensino remoto de música durante 2020: docência e letramento digital de dois professores. DAPesquisa, Florianópolis, v. 16, p. 01–22, 2021. DOI: 10.5965/18083129152021e0029. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/20856. Acesso em: 13 dez. 2024.