Melindrosas e almofadinhas: relações de gênero no Recife dos anos 1920

Autores

  • Hugo Augusto Vasconcelos Medeiros State University of Vale do Acaraú image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180302022010093

Palavras-chave:

relações de gênero, imprensa, discurso

Resumo

O objetivo deste artigo é observar a configuração das relações de gênero no Recife dos anos 1920, a partir de dois personagens-estereótipos que figuravam nos discursos dos periódicos da época: a melindrosa e o almofadinha. Estes personagens exemplificavam uma abertura na forma de se comportar, normatizada nas relações de gênero, o que os levava a ser alvo de críticas e piadas. Para empreender este estudo, analisarei dois periódicos de tipologia diferente, o Jornal do Commercio e o semanário a Pilhéria, com base na sociologia configuracional de Norbert Elias, na análise do discurso e nas teorias sobre gênero. Desta forma, espero contribuir para as discussões acerca da categoria gênero, acrescentando elementos históricos que permitam rever preconceitos atuais.

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Biografia do Autor

Hugo Augusto Vasconcelos Medeiros, State University of Vale do Acaraú

Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco, onde realizou a graduação e atuou como professor substituto.

Professor do Centro de Educação a Distância e Ensino Continuado.

Professor da Universidade Estadual do Vale do Acaraú/Pernambuco.

Pesquisador do Centro de Excelência em Tecnologia de Software do Recife.

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Publicado

2010-12-09

Como Citar

MEDEIROS, Hugo Augusto Vasconcelos. Melindrosas e almofadinhas: relações de gênero no Recife dos anos 1920. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 2, n. 2, p. 93–120, 2010. DOI: 10.5965/2175180302022010093. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/1958. Acesso em: 28 abr. 2024.

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