TY - JOUR AU - Mason, Kelvin PY - 2019/08/21 Y2 - 2024/03/29 TI - A sustentabilidade encontra a teoria situacionista na cidade: um relato de détournement e a retomada de uma ecotopia justa e rebelde JF - PerCursos JA - PC VL - 20 IS - 42 SE - Tradução DO - 10.5965/1984724620422019310 UR - https://www.revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/1984724620422019310 SP - 310 - 344 AB - <p>A Cidade Situacionista não pôde ser criada. Sua concepção e construção exigiram a participação de uma população anarquista pós-revolucionária (SADLER, 1999). Porém, os situacionistas acreditavam que a materialidade desta cidade realmente pudesse fomentar a revolução. Um paradoxo: a Utopia. Na trilha para um desafio à ortodoxia situacionista, o arquiteto Constant projetou a Nova Babilônia [New Babylon], uma cidade anticapitalista que prefigurava um urbanismo unitário participativo e lúdico. Suspensa acima da “natureza”, no entanto, a Nova Babilônia não era uma ecotopia: não ofereceu nenhuma esperança de ou na (re)integração. No calor do desmantelamento da Internacional Situacionista e do refluxo da onda revolucionária de 1968, um coletivo disperso de minorias ocupou uma antiga base militar: em Copenhagen, a “cidade-livre” Christiania foi fundada. Fadada a uma luta perpétua com o estado holandês, a existência de Christiania vem sendo ameaçada desde então. A comunidade desenvolveu um anarquismo singular de base local eivado de tensões: não violento e “enfurecido”, quiescente e revolucionário, ecológico e desprovido de recursos.  Neste artigo, assevero que a noção de urbanismo sustentável foi retomada pela sociedade do espetáculo (DEBORD, 1983). Para fazer ressurgir a cidade sustentável (WHITEHEAD, 2011), proponho uma mirada à teoria situacionista e ao détournement, concentrando-se em Christiania, especialmente, também, com vistas a uma alternativa.</p><p> </p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Ecotopia. Teoria situacionista. Urbanismo sustentável. Christiania.</p> ER -