TY - JOUR AU - Orelli-Messerli, Barbara von PY - 2020/05/01 Y2 - 2024/03/29 TI - A crise do ornamento: avaliação e divergências interculturais nas artes visuais do século dezenove e princípios do século vinte JF - Palíndromo JA - Palíndromo VL - 12 IS - 27 SE - Artigos Seção temática DO - 10.5965/2175234612272020011 UR - https://www.revistas.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/17290 SP - 011-033 AB - <p>Do começo do século XIX até o presente, o ornamento enfrentou diferentes crises em virtude de não ser uma arte autônoma, mas tradicionalmente ligada a uma superfície, seja ela arquitetura ou artes aplicadas. O destino do ornamento variou, de acordo com os principais teóricos e críticos destes campos. Em 1812, Percier e Fontaine exortaram arquitetos e artífices a usar o ornamento com consciência e cuidado. Gottfried Semper poderia até conceber as artes aplicadas sem ornamento e sua preocupação máxima era mostrar a função original que os objetos haviam perdido ao longo do tempo. Ele queria elucidar o propósito de um objeto, não somente de um ponto de vista functional, mas também iconográfico. Christopher Dresser, que possuía experiência como biólogo e “ornamentista”, foi o primeiro designer industrial a criar objetos sem ornamento, seguindo a influência da arte japonesa. O sinal de morte do ornamento aparentemente soou em 1908, com a conferência Ornamento e Crime, de Adolf Loos. A subsequente oposição entre Art Déco e Modernismo foi um choque de culturas, perceptível até hoje entre arquitetos e histo-riadores da arte. Em determinado momento, como estudos recentes apontaram, houve uma fusão destes dois movimentos artísticos. Atualmente, o ornamento retornou e foi reintegrado à arquitetura em uma nova maneira e espírito.</p> ER -