Historicizando o Teatro em Comunidade

Autores

  • Maria Amélia Gimmer Netto
  • Márcia Pompeo Nogueira

DOI:

https://doi.org/10.5965/2358092508082010109

Resumo

Para o teatro historicizante todos os acontecimentos cotidianos são significativos, particulares e passíveis de indagação. Eles permitem a reflexão sobre o comportamento social e possibilitam que a representação se torne um estímulo ao questionamento da realidade. Segundo Freire, o diálogo verdadeiro é aquele que suscita um pensar crítico, percebendo a realidade como um processo. Esta transformação permanente da realidade implica numa transformação social, pois a história vai se fazendo na medida das ações dos homens e nas relações existentes no presente, não podendo ser vista como cristalização de experiências passadas. Para Brecht, as ações que os homens nos mostram são o que constituem as condições históricas de uma época. As relações humanas devem ser consideradas efêmeras e o teatro deve trabalhá-las sob esta ótica. Nosso campo de experimentação do conceito de historicização enquanto instrumento meto-dológico em teatro e comunidade foi a peça teatral “Vida Loka”, criada por adolescentes de Nova Esperança, que tem como protagonista a personagem Kely, uma típica adolescente da periferia. Através de perguntas estratégicas sobre as opções desta personagem, nos moldes propostos por Brecht, exploramos as relações entre a realidade mostrada nas cenas e o contexto social, político e histórico em que está inserida a comunidade em que vivem os adolescentes.

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Referências

BORNHEIM, G. Brecht. A Estética do Teatro. Rio de Janeiro: Graal, 1992.

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Publicado

2013-01-11

Como Citar

NETTO, Maria Amélia Gimmer; NOGUEIRA, Márcia Pompeo. Historicizando o Teatro em Comunidade. Revista NUPEART, Florianópolis, v. 8, n. 1, p. 109–125, 2013. DOI: 10.5965/2358092508082010109. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/3074. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos