Teatro do oprimido: um método oportuno para as escolas da educação básica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/235809252712023e4444

Palavras-chave:

teatro do oprimido, método decolonial, educação básica

Resumo

Lidar com o Teatro do Oprimido nos faz reconhecer que este é originalmente um método decolonial à medida que não se pauta por preceitos que não sejam os de problematizar as questões atinentes aos oprimidos e oprimidas. Refiro-me às opressões do mundo real, à espetacularidade específica que esse teatro produz, às intencionalidades políticas que movem os praticantes, bem como aos modos de veiculação da produção artística que possui características populares. Nesse sentido esse artigo propõe apresentar o método criado por Augusto Boal como uma proposta recomendável para a educação básica brasileira. Significa dizer, que ao ser estruturado como método artístico transgressor e democrático, tendo presença reconhecida e apreciada nos contextos contemporâneos, as escolas são os espaços significativos para fazer valer suas potencialidades.

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Biografia do Autor

Waldimir Rodrigues Viana

Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas em cotutela com a Università di Bologna - Dipartimento di Scienze dell'Educazione G. M. Bertin (Itália). Possui mestrado em Educação e graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação da UFMG. Concluiu Licenciatura em Teatro pela Escola de Belas Artes da UFMG e Licenciatura em Educação Artística pela UEMG - Universidade do Estado de Minas Gerais. É multiplicador de Teatro do Oprimido com formação junto ao CTO - Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro.

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Publicado

2023-12-14

Como Citar

VIANA, Waldimir Rodrigues. Teatro do oprimido: um método oportuno para as escolas da educação básica. Revista NUPEART, Florianópolis, v. 27, n. 2, p. 01–20, 2023. DOI: 10.5965/235809252712023e4444. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/24444. Acesso em: 27 abr. 2024.