Desconstrução da bipedia compulsória na Dança

Autores

  • Carlos Eduardo Oliveira do Carmo Universidade Federal da Bahia image/svg+xml
  • Fatima Campos Daltro de Castro Universidade Federal da Bahia image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.5965/19843178164202059

Palavras-chave:

Corpomídia, Dança, Bipedia Compusória

Resumo

Uma simples presença, seja de que ordem for, pode desencadear uma série de acontecimentos ao corpo. E, se todo corpo é corpomídia, isto é, mídia de cada momento do seu estado, os discursos poéticos que daí emergem são entendidos como historicamente produzidos e correspondentes às experiências que constituem o corpo. Quando trazemos tais pensamentos para com eles investigar a construção da dança em múltiplos corpos fica evidente a propriedade do corpo como um processo vivo, cognitivo e auto-organizador. No entanto, quando se trata do corpo com deficiência que dança, o retrocesso se impõe e a soberania do pensamento bípede que exclui essas pessoas entendendo-os como incapazes e não produtivos, independente de todo avanço no campo da dança, é evidente. A dança nesse texto é como um recorte (microespaço) que revela, em si, todo comportamento social (macroespaço). Entendemos que este campo de construção do conhecimento que é a Dança colaborará na interseccionalidade com outras áreas, a partir de como estabelece e compreende as relações de corpo. Dança e corpo que dança como um recorte de nossa estrutura social, onde é possível perceber discursos do pensamento hegemônico que mantém padrões funcionais e corporais excludentes em relação às pessoas com deficiência.

 

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Publicado

01-10-2020

Como Citar

DO CARMO, Carlos Eduardo Oliveira; CASTRO, Fatima Campos Daltro de. Desconstrução da bipedia compulsória na Dança. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 059–084, 2020. DOI: 10.5965/19843178164202059. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/17998. Acesso em: 10 out. 2024.