Inclusão e diversidade: panorama sobre o apoio a estudantes com deficiência visual no Acre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/198431781722021054%20

Palavras-chave:

deficiência visual, inclusão, diversidade

Resumo

O trabalho tem por objetivo fazer um panorama histórico sobre o atendimento de estudantes Deficientes Visuais (DV) no estado do Acre, especificamente na cidade de Rio Branco, no contexto da educação básica e no ensino superior pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Para isso, são discutidos os avanços e limitações sobre o tema de educação inclusiva e educação na diversidade, e ao final apresenta-se uma visão geral sobre as conquistas na questão da inclusão de DV no ambiente escolar, destacando a necessidade do uso de Tecnologias Assistivas (TA) para estes alunos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa baseada na análise de dados documentais e entrevista. Os resultados mostram os avanços conquistados na oferta de cursos e apoio pedagógico para educação básica e superior na UFAC no contexto de DV em Rio Branco. Além disso, aponta-se a necessidade de ampliação dos serviços ofertados na capital e no interior do estado, e uma formação inicial e continuada de professores voltada para desenvolver o olhar sensível quanto às diferenças.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ingrath Narrayany da Costa Nunes, Universidade Federal do Acre

Possui graduação em Letras Português/Inglês - UNISEB INTERATIVO (2014), Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Especial Inclusiva - Faculdade de Educação Acriana Euclides da Cunha (2016) e Licenciatura em Pedagogia - Uninter (2018). Atualmente é Técnico Administrativo em Educação (Revisora de textos Braille) da Universidade Federal do Acre. Mestranda no mestrado em Ensino de Ciências e Matemática (MPECIM/UFAC). Docente da Faculdade de Educação Acriana Euclides da Cunha nas áreas de Ensino de Artes, Linguística Aplicada a Alfabetização e Língua Portuguesa.

Carlos Eduardo da Silva, Universidade Federal do Acre

Mestrando do programa de pós graduação em Educação e graduado em Lucenciatura em Música pela Universidade Federal do Acre. Atua como professor substituto na área de Educação Musical na Universidade Federal do Acre.

Bianca Martins Santos, Universidade Federal do Acre

É professora da Universidade Federal do Acre (UFAC). Doutorado (2015) em Física Nuclear Teórica pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestrado (2011) em Engenharia nuclear pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e graduação em Licenciatura em Física (2008) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). 

Referências

ABNT – CB040. Projeto ABNT NBR 16452. Novembro, 2015, p. 1.

ACRE. Centro de apoio pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual do acre oferta cursos. Notícias do Acre. Rio Branco, 22 de maio de 2019. Disponível em: https://agencia.ac.gov.br/centro-de-apoio-pedagogico-para-atendimento-as-pessoas-com-deficiencia-visual-do-acre-oferta-cursos/. Acesso em 28 mar. 2021.

ALEGRE, M. J. Carta sobre os Cegos para Uso dos que Vêem. Sobre a Deficiência Visual. São Paulo, 14 de outubro de 2007. Disponível em: http://www.deficienciavisual.pt/r-CartaSbCegos-Diderot.htm. Acesso em 28 mar. 2021.

ALEXANDRINO, E.G.; SOUZA, D.; BIANCHI, A.B.; MACUCH, R.; BERTOLINI, S.M.M.G. Desafios dos alunos com deficiência visual no Ensino Superior: um relato de experiência. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul – Cinergis, Santa Cruz do Sul, Ano 18, v. 18, n. 1, 2017.

ALMEIDA, M. G. S. Instituto Benjamin Constant: 160 anos de inclusão. Benjamin Constant, v. 20, Edição Especial, 2014.

ALVARES, T.; AMARANTE, P. Educação musical na diversidade: um caminho para a ressignificação do sujeito em sofrimento psíquico. In: ALVARES, Thelma; AMARANTE, Paulo (org.). Educação musical na diversidade: construindo um olhar de reconhecimento humano e equidade social em educação. Curitiba: CRV, 2016.

ALVARES, T.S. A Música e a Educação na Diversidade: sua contribuição para um novo paradigma. Simpósio de cognição e artes musicais, 6, 2010, Rio de Janeiro. Anais. Florianópolis: UNESC, 2012.

AMARANTE, P. D. Saúde mental e Atenção Psicossocial. 3. Ed. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2011.

AMARANTE, P. D.; COSTA, A. M. Diversidade cultural e saúde. Rio de Janeiro: Cedes, 2012.

ANACHE, A. A.; CAVALCANTE, L. D. Análise das condições de permanência do estudante com deficiência na Educação Superior. Psicologia Escolar e Educacional, SP. Número Especial, p. 115-125, 2018.

BAPTISTA, J. A. L. S. A Invenção Do Braile e a Sua Importância na Vida dos Cegos. Comissão de Braile. Lisboa, Portugal: Gráfica, 2000.

BASTOS, C. Portaria autoriza dispositivo para deficientes visuais. Ministério da Educação. Brasília, 12 de maio de 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/205-1349433645/6228-sp-1695411569. Acesso em: 28 mar. 2021.

BEZERRA, M.L.E.; MARTINS, J.L. Atendimento educacional aos Alunos com Deficiência Visual na Ufac. Benjamin Constant, Edição 54, 2013.

BELARMINO, J. Associativismo e política: a luta dos grupos estigmatizados pela cidadania plena. João Pessoa: Ideia Editora Ltda., 1997.

BRASIL. Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Fundamental (SEF). Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997a.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Fundamental (SEF). Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997b.

BRASIL. Decreto 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm. Acesso em 25 fev. 2020.

BRASIL. Parecer CNE/CP n. 9/2001. Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, 2001.

BRASIL. Resolução CNE/CP n. 1/2002. Diretrizes Curriculares para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, 2002.

BRASIL. Decreto Nº 5.296 de 2 de Dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm. Acesso em: 02 abr. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial – SEESP. Secretaria de Educação Superior – SeSu. Programa Incluir: acessibilidade na Educação Superior. Brasília, 2005.

BRASIL. Portaria Nº 687, de 30 de Março de 2006. Aprova a Política de Promoção da Saúde. Brasília, 30 de março de 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0687_30_03_2006.html. Acesso em: 28 mar. 2021.

BRASIL. Tecnologia Assistiva. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Brasília: CORDE, 2009.

BRASIL. Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013: altera a Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília: Planalto Central, 2013.

BRASIL. O IBC e a educação de cegos no Brasil. Instituto Benjamin Constant. Rio de Janeiro, 22 de Agosto de 2019. Disponível em: http://www.ibc.gov.br/a-criacao-do-ibc. Acesso em 28 mar. 2021.

BOAL, A. A Estética do Oprimido. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

BUENO, J.G.S. A educação especial nas universidades brasileiras. Brasília: MEC/SEESP, 2002.

CARVALHO, R. E. Removendo barreiras de aprendizagem. Porto Alegre: Mediação, 2000.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

GADOTTI, M. A questão da educação formal/não formal. In: INSTITUT INTERNATIONAL DES DROITS DE L’ENFANT (IDE). Droit à l’éducation: solution à tous les problèmes ou problème sans solution? Sion: Institut Internacional des Droit de L’Enfant/Institut Universitaire Kurt Bösch, 2005. Disponível em: https://docplayer.com.br/5445484-A-questao-da-educacao-formal-nao-formal.html. Acesso em: 09 mar. 2019.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

GLAT, R; NOGUEIRA, M. L. de L. Políticas educacionais e a formação de professores para a educação inclusiva no Brasil. Revista Integração. Brasília, v. 24, ano 14, p. 22-27, 2002.

GLAT, R; FERNANDES, E.M. Da Educação segregada à educação inclusiva: uma breve reflexão sobre os paradigmas educacionais no contexto da educação especial brasileira. Revista Inclusão. Brasília, v. 1, n. 1, p. 35-39, 2005.

GÜNTHER, H. Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão? Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 22, n. 2, p. 201-210, 2006.

JORNAL DO COMMERCIO. Uma história centenária - Instituto Benjamin Constant n. 2, 419, 20 set. 1854. Disponível em: http://www.ethelrosenfeld.com.br/personalidades7-ibc.htm. Acesso em: 26 fev. 2020.

KUENZER, A.Z. Exclusão includente e inclusão excludente: a nova forma de dualidade estrutural que objetiva as novas relações entre educação e trabalho. In: LOMBARDI, J. C. et al (Org.). Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores associados, 2002.

MANTOAN, M.T.E. Caminhos Pedagógicos da Educação Inclusiva. In: GAIO, R.; MENEGUETTI, R.G.K. Caminhos Pedagógicos da Educação Especial. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

MARUCH, M.A.S.; STEINLE, M.C.B. Alfabetização e letramento do educando cego ou de baixa visão: uma reflexão necessária. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense - Produção Didático-Pedagógica, v.1, 2008. (Cadernos PDE). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2008_uenp_edespecial_md_maria_aparecida_santos_maruch.pdf. Acesso em: 23 jul. 2019.

MAZZOTTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.

MICHAEL, J. A heteronímia de Fernando Pessoa: literatura plurilíngue e translacional. Cadernos de Tradução, Florianópolis, nº especial, p. 161-181, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5007/2175-7968.2014v3nespp160. Acesso em 26 fev. 2020.

MORAES, D. Inclusão escolar de alunos com deficiência visual utilizando tecnologias de informação e comunicação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2012.

PESSOA, F. Poesia completa de Alberto Caeiro. Edição de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith. 5º ed. São Paulo: Companhia de Bolso, 2008.

REGIANI, A. M.; MÓL, G. S. Inclusão de uma aluna cega em um curso de Licenciatura Química. Ciência e Educação, v. 19, n. 1, p. 123-134, 2013.

SÃO PAULO. Câmara Municipal de São Paulo. Parecer nº 560/2020 da comissão de administração pública sobre o projeto lei nº 498/2018. Sala da Comissão de Administração Pública, em 29/07/2020. Disponível em: http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/parecer/ADM0560-2020.pdf. Acesso em 28 mar. 2021.

SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3 ed. Rev., Campinas, SP: Autores Associados, 2010.

SKLIAR, C. “A inclusão que é “nossa” e a diferença que é do “outro”. In: RODRIGUES, David (org.). Educação e Inclusão: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, p. 16-34, 2006.

SOUSA, M. Livros acessíveis Daisy e MEC Daisy. Tecnologias na Educação. Rio de Janeiro, 13 de Novembro de 2012. Disponível em: http://libereductec.blogspot.com/2012/11/o-que-e-o-mecdaisy-e-como-funciona.html. Acesso em: 28 mar. 2021.

UFAC. Inaugurada a nova sede do Núcleo de Apoio a Inclusão na Ufac, 2012. Disponível em: http://www2.ufac.br/site/news/inaugurada-a-nova-sede-do-nucleo-de-apoio-a-inclusao-na-ufac. Acesso em: 23 jul. 2019.

UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas, 1994. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139394. Acesso em: 25 fev. 2020.

VERGARA-NUNES, Elton. Audiodescrição Didática. Florianópolis, SC, 2016. 412f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, 2016.

Downloads

Publicado

23-06-2022

Como Citar

NUNES, Ingrath Narrayany da Costa; SILVA, Carlos Eduardo da; SANTOS, Bianca Martins. Inclusão e diversidade: panorama sobre o apoio a estudantes com deficiência visual no Acre. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 17, n. 2, p. 054–082, 2022. DOI: 10.5965/198431781722021054 . Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/17043. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

INCLUSÃO E ARTE: DEBATES ATUAIS

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.