Respostas da aplicação foliar de glicina betaína em cana-de-açúcar submetida a estresse hídrico e reidratação

Autores

  • Sebastião de Oliveira Maia Júnior Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo. Al.
  • Jailma Ribeiro de Andrade Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo. Al.
  • Alexson Filgueiras Dutra Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI.
  • Andréa Francisca da Silva Santos Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo. Al.
  • Juliany Mayra Teixeira de Moura Barros Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo. Al.
  • Adenilton Cícero Santos da Silva Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo. Al.

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712022021128

Palavras-chave:

Saccharum officinarum L., Osmoproteção., crescimento

Resumo

O crescimento das plantas de cana-de-açúcar é bastante reduzido devido à ocorrência de déficit hídrico, o que acaba afetando a produção. Diante disso, vem sendo utilizadas diferentes estratégias para atenuar condições de estresse, como a aplicação exógena de glicina betaína. Com este trabalho, objetivou-se avaliar a taxa de crescimento e a massa seca de cana-de-açúcar aplicada glicina betaína, e submetida a déficit hídrico e reidratação. O experimento foi realizado em casa de vegetação com seis tratamentos: G0I - plantas sem glicina betaína com irrigação adequada, G0E - plantas sem glicina betaína e estresse hídrico, G1I - plantas com uma aplicação de glicina betaína e irrigação adequada, G1E - plantas com uma aplicação de glicina betaína e estresse hídrico, G2I - plantas com duas aplicações de glicina betaína e irrigação adequada, G2E - plantas com duas aplicações de glicina betaína e estresse hídrico. Aos seis dias após o estresse as plantas foram reidratadas. As taxas relativas de crescimento das plantas de cana-de-açúcar reduziram com o estresse hídrico. No entanto, estas reduções foram minimizadas com a aplicação foliar de glicina betaína, principalmente, com a reidratação em que a taxa relativa de crescimento reduziu apenas 19 e 18,4%, respectivamente, em G1 e G2, enquanto em G0 a redução foi de 37,2%. A glicina betaína também minimizou as reduções na produção de massa seca total sob estresse hídrico, com reduções de 5,8 e 5,9% em G1 e G2, respectivamente, enquanto em G0 foi de 15,1%. A aplicação foliar de glicina betaína melhora a taxa relativa de crescimento de plantas de cana-de-açúcar sob estresse hídrico, sobretudo após a reidratação o que diminui os efeitos negativos do estresse sobre a produção de massa seca.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANJUM SA et al. 2011. Gas exchange and chlorophyll synthesis of maize cultivars are enhanced by exogenously-applied glycine betaine under drought conditions. Plant, Soil and Environment 57: 326-331.

ANJUM SA et al. 2012. Protective role of glycine betaine in maize against drought-induced lipid peroxidation by enhancing capacity of antioxidative system. Australian Journal of Crop Science 6: 576-583.

ANJUM SA et al. 2016. Effect of progressive drought stress on growth, leaf gas exchange, and antioxidant production in two maize cultivars. Environmental Science and Pollution Research 23: 17132-17141.

ASHRAF M & FOOLAD MR. 2007. Roles of glycine betaine and proline in improving plant abiotic stress resistance. Environmental and Experimental Botany 59: 206-216.

BARBOSA AM et al. 2015. Biomass and bioenergy partitioning of sugarcane plants under water deficit. Acta Physiologiae Plantarum 37: 1-8.

DAWOOD MG. 2016. Influence of osmoregulators on plant tolerance to water stress. Scientia Agriculturae 13: 42-58.

FAROOQ M et al. 2008. Physiological role of exogenously applied glycine betaine to improve drought tolerance in fine grain aromatic rice (Oryza sativa L.). Journal Agronomy Crop Science 194: 325-333.

GUPTA N & THIND SK. 2015. Improving photosynthetic performance of bread wheat under field drought stress by foliar applied glycine betaine. Journal of Agricultural Science and Technology 17: 75-86.

INMAN-BAMBER NG & SMITH DM. 2005. Water relations in sugarcane and response to water deficits. Field Crops Research 92: 185-202.

IQBAL N et al. 2008. Glycinebetaine, an osmolyte of interest to improve water stress tolerance in sunflower (Helianthus annuus L.): water relations and yield. South African Journal of Botany 74: 274-281.

JANGPROMMA N et al. 2012. Effects of drought and recovery from drought stress on above ground and root growth, and water use efficiency in sugarcane (Saccharum officinarum L.). Australian Journal of Crop Science 6: 1298-1304.

SILVA MA et al. 2007. Use of physiological parameters as fast tools to screen for drought tolerance in sugarcane. Brazilian Journal of Plant Physiology 19: 193-201.

SOUZA JKC et al. 2015. Crescimento da cana-de-açúcar submetido a diferentes lâminas de irrigação e adubação com zinco. ACSA - Agropecuária Científica no Semiárido 11: 114-119.

VAN DILLEWIJN C. 1952. Botany of sugarcane. Waltham: Chronica Botanica.

WANG Y et al. 2006. A novel LEA gene from Tamarix androssowii confers drought tolerance in transgenic tobacco. Plant Science 171: 655-662.

ZHANG LX et al. 2014. Interactive effects of sudden and gradual drought stress and foliar-applied glycine betaine on growth, water relations, osmolyte accumulation and antioxidant defence systemin two maize cultivars differing in drought tolerance. Journal Agronomy Crop Science 200: 425-433.

Downloads

Publicado

2021-07-02

Como Citar

MAIA JÚNIOR, Sebastião de Oliveira; ANDRADE, Jailma Ribeiro de; DUTRA, Alexson Filgueiras; SANTOS, Andréa Francisca da Silva; BARROS, Juliany Mayra Teixeira de Moura; SILVA, Adenilton Cícero Santos da. Respostas da aplicação foliar de glicina betaína em cana-de-açúcar submetida a estresse hídrico e reidratação. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 20, n. 2, p. 128–133, 2021. DOI: 10.5965/223811712022021128. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/14606. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)