Do corpo feminino em performance: exceder-se para não asfixiar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102352019311

Palavras-chave:

Corpo explícito, Corpo feminino, Arte da performance, Transgressão

Resumo

Este artigo busca construir inter-relações entre as noções de excesso e asfixia no campo das performances feministas para explicitar estratégias performáticas que buscam contestar as supressões do corpo feminino por estruturas sociais e pelo patriarcado. O texto analisa estratégias performáticas de abjeção, que constituem o corpo feminino em tabu. Nessa empreitada, as teorias de Rebecca Schneider, Amelia Jones e Georges Bataille, entre outros, são implementadas como instrumentos de viabilização de possíveis entrelaçamentos entre as noções de excesso e asfixia.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alessandra Montagner, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Pós-doutoranda em Artes Cênicas no Programade Pós-doutorado da ECA/USP. Doutora em Artes da Cena pelo PPGADC/IA da Universidade Estadual de Campinas.Mestra em Artes (Dança Teatro: O Corpo em Performance) pelo Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance/City University of London (2012) e possui graduada em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Santa Maria - Bacharelado em Direção Teatral (2006) e Bacharelado em Interpretação Teatral (2005).

Referências

BATAILLE, Georges (1949). A parte maldita, precedida de “A noção de dispêndio”. Tradução de Júlio Catañon. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2016.

BUTLER, Judith. Bodies that matter. New York and London: Routledge, 1993.

CASHELL, Kieran. Aftershock: the ethics of contemporary transgressive art. London and New York: I.B. Tauris, 2009.

CIXOUS, Hélène. The Laugh of the Medusa. In: Signs, v. 1, n. 4, Summer, 1976, p. 875-893. Translated by Keith Cohen and Paula Cohen. Disponível em: < https://www.jstor.org/stable/3173239?seq=1#page_scan_tab_contents>. Acesso em: 15 mar. 2007.

FREUD, Sigmund (1913). Totem e tabu: algumas concordâncias entre a vida psíquica dos homens primitivos e dos neuróticos. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013.

GOLDBERG, RoseLee. Performance art: from futurism to present. 3rd. edition. London and New York: Thames & Hudson, 2011.

GORMAN, Sarah. Interview with Lauren Barri Holstein. Disponível em: <https://readingasawoman.wordpress.com/2017/11/09/interview-with-lauren-barri-holstein/>. Acesso em: 10 de novembro de 2018.

JONES. Amelia. Seeing differently: a history and theory of identification and the visual arts. London and New York: Routledge, 2012.

KRISTEVA, Julia. Powers of horror: an essay on abjection. Translated by Leon S. Roudiez. New York: Columbia University Press, 1982.

SCHNEIDER, Rebecca. The explicit body in performance. London and New York: Routledge, 1997.

Downloads

Publicado

2019-09-20

Como Citar

MONTAGNER, Alessandra. Do corpo feminino em performance: exceder-se para não asfixiar. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 35, p. 311–325, 2019. DOI: 10.5965/1414573102352019311. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573102352019311. Acesso em: 23 abr. 2024.