A “descoberta” da infância ocidental na modernidade: quais crianças foram “colocadas nesse berço”?

Autores

  • Adriana de Souza Broering UDESC

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984723816302015270

Resumo

Este artigo faz algumas reflexões sobre a infância enquanto categoria social, tomando por base os estudos de Philippe Ariès. Suas pesquisas, realizadas na década de 1960, evidenciam, por exemplo, que nem sempre existiu cuidado e desvelo para com as crianças. Sua obra História social da criança e da família, amplamente discutida e inúmeras vezes citadas nos espaços acadêmicos, mostra que a infância, enquanto categoria social, e a criança, como figura dessa coletividade, foram descobertas somente no início da sociedade burguesa ocidental, sobretudo no final do século XVIII, e no começo do século XIX, na modernidade. Tal “descoberta” teria como base as práticas sociais dirigidas a essa nova categoria social composta por crianças e as renovadas demandas, pelo reconhecimento de suas necessidades, e, dentre elas, em particular a de merecerem atenção. Revisitar a obra de Ariès (1981) permitiu, primeiramente, retomar e ampliar a compreensão das contribuições de suas pesquisas referentes à infância; posteriormente, indicou que ainda há necessidade de sabermos mais sobre todas as crianças, suas diferentes infâncias, sejam as de ontem, sejam as de hoje.

Palavras-chave: História da infância; Criança; Modernidade.

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Publicado

2015-04-10

Como Citar

BROERING, Adriana de Souza. A “descoberta” da infância ocidental na modernidade: quais crianças foram “colocadas nesse berço”?. Revista Linhas, Florianópolis, v. 16, n. 30, p. 270–285, 2015. DOI: 10.5965/1984723816302015270. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1984723816302015270. Acesso em: 20 abr. 2024.