Diversidade fisiológica em feijão comum brasileiro (Phaseolus vulgaris L.) com base no índice de seleção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711832019474

Palavras-chave:

recursos genéticos, biodiversidade, armazenamento de sementes, viabilidade de sementes, vigor de sementes

Resumo

As variedades crioulas de feijão representam adaptações locais heterogêneas de espécies domesticadas e, assim, fornecem recursos genéticos que atendem aos desafios atuais e novos da agricultura. Estes ecótipos locais podem mostrar fenologia variável e produtividade, baixa a moderada, mas são altamente nutritivos. Portanto, estratégias para estimular a conservação dessa diversidade genética são importantes. A manutenção do potencial de germinação de sementes também é uma característica relevante na caracterização da diversidade genética, a fim de conservar a biodiversidade. Objetivou-se com este trabalho discriminar cultivares de feijão da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) quanto à diversidade fisiológica de sementes e parâmetros agronômicos (taxa de germinação, viabilidade, vigor de sementes e crescimento de plântulas) e com base em Mulamba e Índice de seleção de simulação. Existe uma grande diversidade fisiológica nas cultivares de feijão. BAF 112 e BAF 81, BAF 84, BAF 42, BAF 60 e BAF 75, foram identificados como os mais promissores para o armazenamento de sementes sob condições convencionais, sendo capazes de manter a viabilidade e vigor durante o armazenamento. O índice de seleção de Mulamba e Mock foi capaz de selecionar cultivares superiores com alta qualidade fisiológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANGIOI SA et al. 2010. Beans in Europe: origin and structure of the European landraces of Phaseolus vulgaris L. Theoretical and Applied Genetics 121: 829–843.

ARENAS CALLE WC et al. 2015. Analysis of seed systems in Latin American countries. Acta Agronomica 64: 223–229.

ASFAW A et al. 2009. Genetic diversity and population structure of common bean (Phaseolus vulgaris L.) landraces from the East African highlands. Theoretical and Applied Genetics 120: 1–12.

BERNAL-LUGO I & LEOPOLD AC. 1992. Changes in soluble carbohydrates during seed storage. Plant Physiology 98: 1207-1210.

BLAIR MW et al. 2012. Diversification and population structure in common beans (Phaseolus vulgaris L.). PLoS One 7: e49488.

BORDIN LC et al. 2010. Diversidade genética para a padronização do tempo e percentual de hidratação preliminar ao teste de cocção de grãos de feijão. Ciência e Tecnologia de Alimentos 30: 890-896.

MAPA. 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: MAPA/ACS. 395p.

CAMACHO VILLA TC et al. 2005. Defining and identifying crop landraces. Plant Genetic Resources: Characterization and Utilization 3: 373–384.

CARDADOR-MARTÍNEZ A et al. 2002. Antioxidant activity in common beans (Phaseolus vulgaris L.). Journal of Agricultural and Food Chemistry 50: 6975–6980.

CHÂTELAIN E et al. 2013. Evidence for participation of the methionine sulfoxide reductase repair system in plant seed longevity. Proceedings of the National Academy of Sciences 110: 3633-3638.

COELHO CMM et al. 2008. Capacidade de cocção de grãos de feijão em função do genótipo e da temperatura da água de hidratação. Ciência e Agrotecnologia 32: 1080-1086.

COELHO CMM et al. 2010a. Características morfo-agronômicas de cultivares crioulas de feijão-comum em dois anos de cultivo. Semina: Ciências Agrárias 31: 1177-1186.

COELHO CMM et al. 2010b. Potencial fisiológico em sementes de cultivares de feijão crioulo (Phaseolus vulgaris L.). Revista Brasileira de Sementes 32: 97-105.

CRUZ CD. 2006. Programa Genes: Biometria.Viçosa: UFV. 382p.

DWIVEDI SL et al. 2016. Landrace Germplasm for Improving Yield and Abiotic Stress Adaptation. Trends Plant Science 21: 31-42.

FEIJÓ C. T. et al. 2012. O Reconhecimento das sementes Crioulas como Serviço Ambiental do Estado do Rio Grande do Sul. In: 21 Congresso de Iniciação Científica. 4ª Mostra Científica – UFPel. Disponível em: <http://www2.ufpel.edu.br/cic/2012/anais/pdf/CH/CH_00746.pdf>. Acesso em: 28 jan. 2014.

GEPTS P. 2006. Plant genetic resources conservation and utilization: the accomplishment and future of a societal insurance policy. Crop Science 46: 2278–2292.

GINDRI DM et al. 2017. Seed quality of common bean accessions under organic and conventional farming systems. Pesquisa Agropecuária Tropical 47: 152-160.

GRAIN. 2016. New mega‐treaty in the pipeline: what doses RCEP means for farmers’ seeds in Asia? Disponível em: https://www.grain.org/article/entries/5405-new-mega-treaty-in-the-pipeline-what-does-rcep-mean-for-farmers-seeds-in-asia. Acesso em: 31 jan. 2019.

GLIESSMAN SR. 2000. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. 2.ed. Porto Alegre: UFRGS. 653p.

KHOURY CK et al. 2014. Increasing homogeneity in global food supplies and the implications for food security. Proceedings of the National Academy of Sciences 111: 4001–4006.

LABBÉ LMB. 2003. Armazenamento de Sementes. In: PESKE ST et al. (Ed.) Sementes: fundamentos científicos e tecnológicos. Pelotas: UFPel. p.366-415.

MAIA LGS et al. 2011. Variabilidade genética associada à germinação e vigor de sementes de linhagens de feijoeiro comum. Ciência e Agrotecnologia 35: 361-367.

MCDONALD MB.1999. Seed deterioration: physiology, repair and assessment. Seed Science and Technology 27: 177-237.

MICHELS AF et al. 2014. Qualidade fisiológica de sementes de feijão crioulo produzidas no oeste e planalto catarinense. Revista Ciência Agronômica 45: 620-632.

MONDO VHV et al. 2016. Common bean seed vigor affecting crop grain yield. Journal of Seed Science 38: 365-370.

MULAMBA NN & MOCK JJ. 1978. Improvement of yield potential of the method Eto Blanco maize (Zea mays L.) population by breeding for plant traits. Egyptian Journal of Genetics and Cytology 7: 40-51.

NEDEL LJ. 2003. Fundamentos da Qualidade de Sementes. In: Sementes: fundamentos científicos e tecnológicos. PESKE ST et al (Ed.) 1.ed. Pelotas: UFPel. p.94-137.

PENTEADO SR. 2010. Manual prático de agricultura orgânica: Fundamentos e Técnicas. 2.ed. São Paulo: Editora Via Orgânica. 216p.

PEREIRA T et al. 2009. Diversity in common bean landraces from South-Brazil. Acta Botanica Croatica 68: 79-92.

PEREIRA T et al. 2011. Diversidade no teor de nutrientes em grãos de feijão crioulo no Estado de Santa Catarina. Acta Scientiarum Agronomy 33: 477-485.

REYNOSO-CAMACHO R et al. 2006. Bioactive components in common beans (Phaseolus vulgaris L.). In: GUEVARA-GONZÁLEZ RG & TORRES- PACHECO R (Ed.) Advances in Agricultural and Food Biotechnology. Kerala: Research Signpost. p. 217-236.

ZHANG X et al. 2008. Genetic diversity of Chinese common bean (Phaseolus vulgaris L.) landraces accessed with simple sequence repeat markers. Theoretical and Applied Genetics 117: 629–640.

ZÍLIO M et al. 2014. The genotype and crop environment affect the technological quality of common beans grains. American-Eurasian Journal of Agricultural & Environmental Sciences 14: 212-220.

Downloads

Publicado

2019-12-12

Como Citar

GINDRI, Diego Medeiros; COELHO, Cileide Maria Medeiros. Diversidade fisiológica em feijão comum brasileiro (Phaseolus vulgaris L.) com base no índice de seleção. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 18, n. 4, p. 474–481, 2019. DOI: 10.5965/223811711832019474. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/14726. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>